|
O uso dos antiinflamatórios não-esteróides na clínica odontológica
Marcos Augustus Serra ( serra@genetic.com.br ) - Professor titular de Farmacologia da Faculdade de Odontologia de Anápolis - GO
- Assistente de Cirurgia e Clínica Integrada da Fac. de Odontologia de Anápolis - GORenato Brasil Muniz ( serra@genetic.com.br ) - Aluno do 9º período do curso de Odontologia
- Monitor da disciplina de Cirurgia Maxilo Facial da F.O. de Anápolis, GO
Este trabalho aborda, através de uma revisão de literatura, a ação e o uso dos fármacos antiinflamatórios não-esteróides (AINEs) na Odontologia; Seu controle da resposta inflamatória do organismo, suas indicações e colateralidades.
1. INTRODUÇÃO    
Os antiinflamatórios não-esteróides ( AINEs ) são indicados
em processos inflamatórios, dos quais
a dor, o edema e a disfunção
decorrentes trazem desconforto e
prejuízo funcional ao paciente.
A grande maioria
das algias odontológicas tem sua etiologia nos processos inflamatórios. Portanto,
o conhecimento dos mecanismos de ação dos fármacos antiinflamatórios, principalmente
a drogas do grupo dos não- esteróides (AINEs), assim como suas posologias, são
de
importância para que
possamos apresentar aos
pacientes uma opção terapêutica segura
e rápida no controle dos
problemas advindos da inflamação.
2.
REVISÃO DE LITERATURA   
A
inflamação é um mecanismo de defesa natural do organismo à qualquer agressão
eventualmente sofrida. Sua intensidade mostra-se diretamente proporcional ao
tamanho do trauma sofrido. A resposta inflamatória costuma ser dividida em três
fases: a inflamação aguda, a resposta imune e a inflamação crônica.(KATSUNG
13. 1998).    
Segundo WANMACHER; FERREIRA 27 (1995), a inflamação aguda
refere-se à resposta inicial à lesão tecidual; é mediada pela liberação de autacóides
e, em geral, precede o desenvolvimento da resposta imune. De
acordo com
ALLE; ALLE-FILHO 1 (1992),
a resposta imune aparece quando as células imunologicamente competentes são
ativadas, reagindo a organismos estranhos ou substâncias antigênicas, liberadas
durante a resposta inflamatória aguda ou crônica. Assegura
KATSUNG 13 (1998) que o resultado da resposta imune pode ser
benéfico para o hospedeiro quando permite que os microrganismos invasores sejam
fagocitados ou neutralizados. Por outro lado, o resultado pode ser deletério,
se resultar em inflamação crônica sem
resolução do processo subjacente.
De acordo
com SAYAGO
et al 23 (1994); KATSUNG 13 (1998), este processo
pode se prolongar em um mecanismo de retroalimentação extremamente danoso ao
organismo. A inflamação crônica envolve a liberação de diversos mediadores que
não são proeminentes na resposta aguda.    
CASTILHO et al 4(1998)
afirmam que a lesão celular associada à inflamação atua sobre as
membranas celulares, provocando a liberação de enzimas lisossômicas pelos leucócitos;
a seguir, ocorre liberação de ácido araquidônico, a partir de compostos precursores,
e vários eicosanóides são sintetizados.    
De acordo com SHUTZ et
al 24 (1997), as prostaglandinas exercem uma variedade de efeitos
sobre os vasos sanguíneos, as terminações nervosas e as células envolvidas na
inflamação. RANG et al 22
(1997) relatam que os leucotrienos possuem poderoso efeito quimiotático sobre
os eosinófilos, neutrófilos e macrófagos e promovem broncoconstrição e alterações
da permeabilidade vascular. Evidências recentes sugerem que a isozima ciclooxigenase
(COX 2), responsável pela produção de prostaglandinas por células envolvidas
na inflamação, não é idêntica à ciclooxigenase, presente na maioria das outras
células do organismo (COX 1). Conforme EHRICH, EW; DALLOB, A et
al 9 (1999),
a pesquisa, o desenvolvimento e a aplicação clínica de um bloqueador seletivo
da COX 2 para o tratamento da inflamação é de extrema importância, uma vez que
seu uso não afetaria as outras funções das prostaglandinas.   
De acordo com
FREITAS 10 (1997), ocorre também liberação de cininas, neuropeptídios
e histamina no local da lesão tecidual, bem como componentes do complemento,
citocinas e outros produtos dos leucócitos e das plaquetas. Como
relata KATSUNG 13 (1998), a estimulação das membranas dos
neutrófilos produz radicais livres derivados do oxigênio. O ânion superóxido
é formado pela redução do oxigênio molecular, podendo estimular a produção de
outras moléculas reativas, como peróxido de hidrogênio e radicais hidroxílicos.
A interação destas substâncias com o ácido araquidônico resulta na formação
de substâncias quimiotáticas, perpetuando, assim, o processo inflamatório.  
 
Segundo TORTOMANO et al 26 (1994), como a maioria dos procedimentos cirúrgicos
bucais determinam respostas inflamatórias, a indicação do uso de AINEs se faz
necessária toda vez que as manifestações inflamatórias superarem o benefício
da regeneração tecidual determinada pela reação inflamatória.
ARBEX et al 2(1992)
relatam que os AINEs possuem propriedade antitrombótica, antitérmica, analgésica
e antiinflamatória. Seu efeito antiinflamatório vem da inibição da síntese de
prostaglandinas, efetuada mediante a inativação da enzima ciclogenase. Esta
inativação se dá de forma reversível ou irreversível, dependendo do tipo de
AINE empregado. Segundo ALLE; ALLE-FILHO 1 (1992), o efeito dos AINEs,
é inespecífivo, sintomático e não interfere na história natural do processo
inflamatório.   
2.1
– Efeitos antitérmicos dos AINEs   
Conforme
RANG et al 22 (1997),
a temperatura corporal normal é regulado por um centro no hipotálamo
que assegura um equilíbrio entre a perda e a produção de calor. A febre ocorre
quando há um distúrbio deste termostato
hipotalâmico que provoca a elevação do ponto de ajuste da temperatura corporal.
Os AINEs aparentemente reajustam o termostato. Uma vez ocorrido
o retorno ao ponto de ajuste normal, os mecanismos de regulação da temperatura
(dilatação dos vasos sanguíneos de superfície, sudorese, etc.) deixam de atuar.
De acordo com
INSEL 12 (1991), a temperatura normal não é afetada pelos
AINEs.    
Segundo RANG et al 22
(1997), o mecanismo da ação
antipirética dos AINEs é considerado, pelo menos em parte, como inibição da
produção de prostaglandinas no hipotálamo. Durante uma reação inflamatória,
as endotoxinas bacterianas induzem os macrófagos a liberar um pirógeno - interleucina
1 ( IL-1 ). Há evidências de que
IL-1 estimula a produção, no hipotálamo, das prostaglandinas tipo E, e que estas,
por sua vez, podem causar a elevação do ponto de ajuste da temperatura. Outras
evidências indicam que as prostaglandinas não são os únicos mediadores da febre;
os AINEs podem, pois, ter um outro efeito antipirético por mecanismos ainda
não conhecidos.    
2.2
– Efeitos analgésicos dos AINEs   
De
acordo com RANG et al 22 (1997), algumas prostaglandinas sensibilizam
terminais nervosos nociceptivos aferentes a mediadores como a bradicinina. Assim,
na presença de PGE1 ou PGE2, vão ser sentidas dores, até
mesmo em concentrações de mediadores inflamatórios como 5-hidroxitriptamina
ou bradicinina, que são demasiado baixas para causar dor por si mesmas. Evidências
recentes, mostrando que AINEs injetados no canal espinhal podem produzir analgesia,
sugerem que a inibição da geração de prostaglandinas na medula espinhal pode
contribuir para sua ação analgésica. Conforme
FREITAS 10 (1997), os
AINEs são eficazes principalmente contra aqueles tipos de dor em que as prostaglandinas
agem sensibilizando os nociceptores, como as dores associadas a inflamações
ou danos teciduais. De acordo com SAYAGO et al 23
(1994), isso explica por que elas são, por exemplo, eficazes na artrite,
bursite, dor de origem muscular e vascular, odontalgia, dismenorréia, dor de
estado pós-parto e a dor de metástases de câncer em ossos - todas elas condições
que se associam a um aumento da síntese de prostaglandinas. Assegura RANG et
al 22 (1997), que em combinação aos opióides, os
AINEs diminuem a dor pós-operatória e, em alguns casos, podem diminuir
em até um terço a dose necessária de opióides. Sua capacidade de aliviar cefaléias
pode estar relacionada com a anulação do efeito vasodilatador das prostaglandinas
sobre a circulação cerebral.    
Dados clínicos indicam que certos AINEs (por exemplo, indometacina, diflunisal,
naproxeno) também podem ser eficazes no controle de alguns tipos de dor intensa,
sem qualquer relação com uma inflamação, conforme relatam
SHEN 25 (1984),
RAINSFORD 21 (1984).
2.3
– Efeitos antiinflamatórios dos AINEs   
De
acordo com CASTILHO et al 4 (1998), a principal ação dos AINEs é a inibição
da ciclooxigenase araquidônica, portanto,inibição   
Da
produção de prostaglandinas e tromboxanes. ( ver figura 1 )     
 
Figura 1: Esquema
demonstrativo da
ação dos
fármacos.   
FONTE:
KATZUNG. Farmacologia (Básica & Clínica). 6
ed. Rj. Guanabara Koogan, 1998. p.411.   
Segundo
MEADE et al 15 (1993); MITCHELL et al 16 (1993),
há dois tipos de ciclooxigenases (COX), quais sejam COX-1 e COX-2. COX-1 é uma
enzima constitucional expressa em muitos tecidos, incluindo plaquetas sanguíneas,
e está envolvida na sinalização de uma célula para outra e na homeostase tecidual.
COX-2 é induzida em células inflamatórias quando elas são ativadas, e é considerada
como sendo a enzima que produz os mediadores da inflamação da classe dos prostanóides.
Muitos AINEs atualmente em uso são inibidores de ambas as isoenzimas, embora
variem quanto ao grau de inibição de cada uma delas.   
De acordo com RANG et al 22 (1997),a
ação antiinflamatória dos AINEs está claramente relacionada com a sua inibição
da COX-2 e é provável que, quando usados como agentes antiinflamatórios, seus
efeitos indesejados se devam principalmente à sua inibição de COX-1. Conforme
EHRICH, EW; DALLOB, A et al 9 (1999),
os novos compostos com ação seletiva sobre COX-2 que estão sendo desenvolvidos
acabam gerando uma nova abordagem no tratamento da inflamação.
Alguns exemplos são o Rofecoxib
e o Celocoxib, que inibem especificamente
a COX-2, não atuando, assim, sobre a COX-1 e, conseqüentemente, não impedindo
a formação de prostaglandinas fisiológicas, o
que diminui futuras irritações gastrointestinais, distúrbios plaquetários
e disfunções renais.    
3 – DISCUSSÃO   
Como observamos, o controle da inflamação e de suas conseqüências pode
ser abordado por diversos meios, principalmente levando-se em conta a fisiologia
do organismo humano. A abordagem da terapêutica antiinflamatória deveria sempre
levar em consideração a quantidade de inflamação que o paciente apresenta ou
espera-se que apresente, suas conseqüências para o organismo, função e conforto
e a influência que a terapêutica iria gerar nos mecanismos de excreção, de defesa
e de equilíbrio metabólico deste mesmo paciente. A opção pelo uso dos AINEs
baseia-se nesta discussão.    
3.1 - Aplicações dos AINEs na
clínica odontológica   
Os
AINEs são indicados em processos inflamatórios clinicamente relevantes, em que
a dor, o edema e a disfunção decorrentes trazem desconforto ao paciente. Não
devem ser administrados quando o atendimento odontológico provocar apenas dor,
sendo, neste caso, indicado o uso de analgésicos de intensidade adequada. Ademais,
não convém utilizar AINEs em conjunto
com antibióticos nos processos infecciosos. Nestes, a ação inflamatória constitui-se
em defesa orgânica, tanto para evidenciar clinicamente a lesão quanto para controlar
a infecção. Assim, preferencialmente, deve-se tratar a infecção com antibióticos
de forma primária e específica. Em cirurgias orais menores, observa-se a presença
de manifestações inflamatórias na grande maioria dos casos. Desta forma, pode-se
indicar o uso dos AINEs, que diminui a intensidade e a duração do processo inflamatório, atenuando, assim, a
dor, o edema, a hipertermia local e eventual trismo. Alguns autores preconizam
a administração dos AINEs antes do ato cirúrgico, para que haja a inibição da
síntese de prostaglandinas, já que se tem o tempo necessário para uma adequada
absorção e estabelecimento de níveis séricos suficiente para cobrir todo trans-operatório
e permanecer, ainda, após o efeito do anestésico local.    
A tabela abaixo é uma coletânea de algumas drogas representativas dos
AINEs no mercado farmacológico brasileiro, suas posologias e apresentações comerciais
( ver figura 2 )
Fármaco 
  |
Meia-Vida
(horas)    |
Exemplo
Comercial    |
Dose
Recomendada de Antiinflamatório    |
Ácido
Salicílico    |
0,25 
  |
Aspirina 
  |
1,2
–1,5 g, 3 x ao dia    |
Cetroprofeno 
  |
1,8 
  |
Profenid 
  |
70
mg, 3 x ao dia    |
Diclofenaco 
  |
1,1 
  |
Voltaren 
  |
50-75
mg, 4 x ao dia    |
Diflunisal 
  |
13 
  |
Dorbid 
  |
500
mg 2 x ao dia    |
Fenilbutazona 
  |
68 
  |
Butazolidina 
  |
100
- 200 mg, 3 x ao dia    |
Fenoprofeno 
  |
2,5 
  |
Trandor 
  |
200
mg, 4 x ao dia    |
Ibuprofeno 
  |
2 
  |
Spidufen 
  |
400
- 600 mg, 4 x ao dia    |
Indometacina 
  |
4-5 
  |
Indocid 
  |
50-70
mg, 3 x ao dia    |
Naproxeno 
  |
14 
  |
Naprosyn 
  |
375
mg, 2 x ao dia    |
Piroxicam 
  |
57 
  |
Feldene 
  |
20
mg ao dia 
  |
Rofecoxib 
  |
17 
  |
Vioxx 
  |
25
- 50 mg uma vez ao dia    |
Celocoxib 
  |
8
- 12    |
Celebra 
  |
200
mg, 2 x ao dia    |
Ac.
Mefenâmico    |
4 
  |
Ponstan 
  |
500
mg, 3 x ao dia    |
Tenoxican 
  |
42-98 
  |
Tilatil 
  |
10
– 20 mg ao dia    |
Nimesulide 
  |
1-2 
  |
Nisulid 
  |
200mg
– 2 x ao dia    |
Figura
2 – Posologias e apresentações
comerciais de
alguns AINEs   
FONTE:
(autores)   
3.2 –Colateralidades mais comuns   
Estudos mostram que o trato gastrointestinal é
o sítio mais freqüentemente afetado pelas reações adversas. As manifestações
apresentam-se como eritema e erosões gástricas, ulceração gástrica e duodenal,
dispepsia, dor epigástrica, náuseas e vômitos, anorexia, flatulência, diarréia
e perda de sangue pelo tubo digestivo. A lesão gástrica provocada pelos AINEs,
pode ser compreendida através de dois mecanismos diferentes. Apesar da irritação
local, provocada pela ingestão do medicamento, permitir a difusão retrógrada
de ácido para a mucosa do estômago e induzir lesão no tecido, a administração
parenteral pode causar, também, lesão e sangramento. Estudos mostram que tal
efeito pode estar relacionado à inibição da biossíntese de prostaglandinas do
estômago, especificamente a PGI2 e PGE2, que inibem a
secreção do ácido gástrico, promovendo a secreção de um mucocitoprotetor pelo
intestino, tornando o estômago mais vulnerável à lesão. Desta maneira, INSEL12
(1991) recomenda a não utilização de AINE em pacientes com história de lesões
gástricas.
   
Igualmente, sugere-se
cautela na prescrição de AINE à pacientes hipertensos e cardiopatas, por sua
capacidade de reter água e sal no organismo. Os AINEs são antiagregantes plaquetários,
atravessam a barreira placentária, podendo ser teratogênicos se utilizados em
altas doses, e também prolongar o trabalho de parto, uma vez que, as prostaglandinas
estão relacionadas com a contração uterina. Medicamentos como anticoagulantes,
fibrinolíticos e outros antiplaquetários, podem ter seus efeitos potencializados
pelo uso simultâneo de AINEs, conforme relatou DIONNE; GORDON 8(1994).
   
Segundo CASTILHO et al 4
(1998), discrasias sanguíneas são pouco freqüentes, aparecendo manifestações
clínicas em pacientes com distúrbios hematológicos ou que fazem uso de anticoagulantes.
Em pacientes idosos, as pirazolonas podem causar anemia aplástica e agranulocitose,
sendo por isso pouco recomendadas devido à imprevisibilidade e letalidade destas
manifestações.    
De acordo com RANG et al 22
(1998), o uso prolongado dos AINEs pode causar distúrbios renais em pacientes
com problemas de perfusão ou disfunção renal. A nefrotoxicidade relaciona-se
com a inibição de prostaglandinas renais, que agem como protetoras contra os
efeitos vasoconstritores das angiotensinas e catecolaminas. Em casos de cirrose
com ascite, nefrite lúpica, síndrome nefrótica e insuficiência cardíaca, os
AINEs podem intensificar a redução da filtração glomerular, levando a manifestações
clínicas importantes. Os AINEs, tendo efeito antidiurético, aumentam a volemia
e predispõem a edema e descompensação de doença cardíaca. Por essa razão, interferem
também com o efeito anti-hipertensivo de diuréticos e beta-bloqueadores. 
 
Complicações hepáticas vão desde alterações transitórias, como aumento
de aminotransferases séricas, até os quadros fatais, devido à hepatotoxicidade
direta ou à hipersensibilidade, segundo relatou KATSUNG 13(1998).
   
CONCLUSÃO 
 
O
uso dos antiinflamatórios não-esteróides apresenta-se como uma excelente alternativa
terapêutica no controle da resposta inflamatória, seja pós-clínica, seja pós-cirúrgica,
com a presença de dor e edema limitantes para o paciente. Seu mecanismo de ação
baseia-se na inibição da produção de prostaglandinas, que estão intimamente
relacionadas com os vasos sangüíneos, as terminações nervosas e as células envolvidas
na inflamação. Porém, deve-se estar atento ao seus possíveis efeitos colaterais
e reações adversas. No momento de sua prescrição, deve-se levar em conta o estado
geral de saúde e das características individuais orgânicas do paciente, uma
vez que mal indicado e, principalmente, mal prescrito, sua agressão pode superar
o seu benefício.    
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1- ALLE, Nevaldo;
ALLE-FILHO; Nevaldo. Estudo em ratos das propriedades antiinflamatorias das
drogas: Indometacina, Butazona, Clinoril, Naprosyn, Benflogin e Inflaril, na
fase aguda da inflamação. Rev. Odontol.
Univ. de São Paulo; 6(1/2) : 31-6, jan.-jun.1992.
2- ARBEX,Samir
Tufic; WASSALL, Thomaz; NUNES Elifas Levy. Avaliação comparativa do Nimesulide
versus Naproxeno no tratamento da dor pós-cirurgia oral.
Rev
Bras Odontol ; 49(1)
: 15-8, Jan.-Fev.1992. 
3-
BATTELINO, L. J.; BENNUN, F. R. Nível de Informatión y conduta farmacoterapéutica
de los odontólogos,1990. Revista
de Saúde Pública. São
Paulo, v.27,n.4,p.291-299, Ago. 1993.
4- CASTILHO,L.S.
de; RESENDE, V.L.;PAIXÃO,H.H. Os antiinflamatórios não-esteróides inibidores
de síntese de prostaglandinas mais utilizadas em odontologia. Revista do CROMG;4(1):32-7,JAN.-JUN.1998.
5- CASTILHO, L.
S. Análise da utilização de medicações antibióticas e antiinflamatórias
sistêmicas utilizadas em afecções pulpares e periapicais. Belo Horizonte:
Monografia (especialização), Faculdade de
Farmácia, UFMG,1992. 24 p.
6- CARLET, Mario
Leandro; DUARTE, Gastão C. Pureza;
SANTOS ,Nilton Veira dos. Traumaton: Ação comparativa de corticoesteroides e
antiinflamatórios não esteroídes no edema pós-operatório. RGO
(Porto Alegre); 37 (4):294,Jul.-Ago.1989.
7-
DIONNE R.A et al. Suppression of
postoperative pain by preoperative administration of flurbiprofen in comparison
to acetaminophen and oxycodone plus acetaminophen. Curr Ther Res, 1983; 34:15.
8-
DIONNE, RA; GORDON, SM. Nosteroidal Antiinflammatory drugs for acute pain control.
Dental clinics of north America. Philadelphia,v.38,n.4,p.645-665,
oct.1994.    
9-EHRICH,
EW; DALLOB,A et al. Characterization
of rofecoxib as a cyclooxygenase-2 isoform inhibitor and demonstration of analgesia
in the dental pain model. Clin
Pharmacol Ther. 1999; 65(3):336-47,com a permissão
de Mosby, Inc.
10- FREITAS,José
René de. Terapêutica Odontológica: farmacologia
/ Dentistry therapeutic: pharmacology. Rio de Janeiro; Pedro Primeiro; 1997.281p.
11- GUEDES PINTO,
Antônio Carlos. Odontopediatria, São
Paulo, Santos, 1995. p. 1007-23.
12- INSEL,P. A
. Substâncias analgésicas antipiréticas e antiinflamatórias: drogas empregadas
no tratamento da artrite reumatóide e da gota. In:
GILMAN, A. G. et al. GOODMAN
E GILMAN: As bases farmacológicas da terapêutica.
8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.p421-448.
13- KATSUNG, Bertram
G. Farmacologia (Básica & Clínica)
6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 408-423.1998. 854p. 
 
14-
KOERNER, K. R; TAYLOR, S. E. Pharmacologic considerationss in the management
of oral surgery patients in general dental practice.
Dent Clin N Amer 1994;38:237-54. 
 
15-
MEADE, E.A.;SMITH,W.L.; DE WINTT D.L.
Differencial inhisition of. Prostaglangin endoperoxide synthase ( Cyclooxygenase)
isoenzymes by aspirin and other non-steroidal anti- inflammatory drugs.
J. biol chem 268: 6610-6614.1993.   
16-
MITCHELL, J. A. et al . Selectivity
of nonsteroidal antiinflammatory drugs as inhibitors of constitutive and inducible
cyclooxygenase. Proc natl acad sci
90:11693-11697.1993.   
17- NACLÉRIO HOMEM,
Maria da Graça. Avaliação da correlação
iatrogênica causada pelo cetoprofeno e pelo diclofenaco potássico com os valores
de algumas provas laboratoriais de uso em cirurgia odontológia aferitivas de
hemostasia. São Paulo: s.n.; 1997,71p. Dissertação apresentada à Universidade
de São Paulo ( Faculdade de Odontologia ) para obtenção de grau de livre-docente.
18- NOBRE,S.M.W.
Avaliação clínica da eficácia do diclofenaco de sódio na redução do edema, dor
e traumatismos após cirurgia de terceiros molares inclusos e impactados. Rio
de Janeiro. UFRJ. 1992.122p. Dissertação
(mestrado). Faculdade de Odontologia. UFRJ. 
 
19-
OATES,J A. et al. Clinical
implications of prostaglandin and thromboxane A2 formation ( Second of two parts). N
Engl J Med 1998; 319:761-67
20- OLIVEIRA,
B.H.; MOLITERNO, L.F.; MARÇAL, S. Medidas de precaução universal: o que são
e para que servem. Rev. Bras. de Odont.,
18-22, vol. LIII,n.2 março/abril, 1996.
21-
RAINSFORD, K.D. Aspirin and the salicylates.
Butterworth, London.1984.   
22-
RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER,
I.M. Farmacologia.3 ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan. 1997.
691 p.    
23-
SAYAGO, M. E.M. et al. Emprego de antiinflamatórios
nas cirurgias parendodônticas. Revista
da APCD. São Paulo: v.48, n.6,
nov./dez. 1994.
24-
SCHUTZ, Antonio Beltrão. et al . Estudo
comparativo dos efeitos biológicos do Tenoxicam, Indometacina, Dexametasona
e Metotrexato em granulomas induzidos pela placa microbiana dental. Revista
Faculdade de Odontologia Bauru; 5(3/4):1-8,
jul/dez. 1997.
25-
SHEN, T. Y. (1984). The proliferation of nonsteroidal antiinflammatory drugs
( NSAIDs), In: PARNHAM M.J, BRYNVELS J (eds) . Discoveries
in Pharmacology. Haemodynomics,
Hormones and Inflamation. Elsevier, Amsterdam, vol.2. p.523-553.   
26-
TORTOMANO, Nicolau. et al. G.T.O.:
guia terapeutico odontológico / G.T.O.: dental therapeutics guide.
Santos. 1994.172p.
27- WANMACHER,
Lenita; FERREIRA, Maria Beatriz Cardoso. Farmacologia
clínica para dentistas. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1995.p.107-11
|