A psicologia da dor - Aspectos de interesse do cirurgião dentista
Cinara Maria Camparis ( cinara@foar.unesp.br ) - Profa.Disciplina de Oclusão, Unesp-AraraquaraClaudinei Cardoso Júnior ( ccardosojunior@aol.com ) - Clínico Geral
Os autores analisam os vários fatores que podem influenciar na percepção da dor pelo paciente. O modelo biopsicossocial deveria ser melhor compreendido pelos clínicos que se propõe a tratar estados mórbidos dolorosos na clínica diária.
1.
INTRODUÇÃO
1.1.
Definindo a dor 
 
 
A definição
mais completa para a dor, é a proposta pela Associação
Internacional para o estudo da dor”: “uma experiência desagradável a
qual nós primariamente associamos como dano tecidual ou descrevemos como dano
tecidual ou ambos”. Reconhece essa definição que a dor é subjetiva e mais
complexa que um elemento sensorial, e a experiência da dor envolve associações
entre elementos da experiência sensorial e o estado aversivo provocado. A
atribuição do significado dos eventos sensoriais desagradáveis é a parte
intrínseca da experiência da dor. 8 
 
Dessa
consideração resulta que as condições psicológicas da pessoa podem produzir
a percepção da dor ou aumentar sua tolerância à estimulação dolorosa, mas
normalmente isso não é suficiente para se eliminar a percepção da dor.5 
 
1.2. O cirurgião-dentista frente à psicologia 
 
 
 Embora o
Conselho Federal de Educação tenha incluído a área de Psicologia no currículo
mínimo de Odontologia (Resolução 04 de 03 de setembro de 1982), segundo Moraes,5
o ensino vigente na área odontológica, apresenta formalmente informações
satisfatórias sobre os aspectos tecnológicos da profissão; contudo o cirurgião-dentista,
via de regra apresenta-se despreparado para manejar ou controlar o comportamento
do paciente, e até mesmo sua própria conduta profissional. 
 
2.
A PERCEPÇÃO DA DOR
Para compreender a dor humana
é preciso que além de identificar a natureza física do agente causador, sejam
discriminados os fatores psicológicos situacionais que alteram a sua percepção,
o que é um evento individual e pessoal. 
 
Existe, além disso, um
aspecto afetivo na percepção da dor, e esta depende do significado atribuído
à mera sensação dolorosa e do contexto psicológico no qual ela ocorre. 
 
Um estímulo que produz uma
sensação dolorosa, produz sensações fisiológicas,
cognitivas e emocionais,5 que para cada indivíduo tem um valor
diferente. Então, as emoções do paciente ante a sensação de dor, tais como
ansiedade, medo e depressão, ocorrem da própria dor, mas também de outros
aspectos do paciente (expectativas, desejos e experiências) e do contexto
psicológico no qual a dor é experimentada. 
 
Resumindo, é a interação da
sensação dolorosa com os aspectos psicológicos do indivíduo e do contexto no
qual a dor é experimentada que resulta na percepção da dor, fenômeno de
natureza pessoal e única. 
 
3.
MODELO MECÂNICO X MODELO BIOPSICOSSOCIAL de percepção da dor
O chamado Modelo mecânico, de uma doença é a idéia de que a dor é um
sinal de alarme, resultado de uma doença somática ou lesão estrutural do
organismo; uma vez reparado o dano ou eliminada a doença, a dor seria
eliminada. 
 
De acordo com esse modelo, a
dor está presente sempre quando há algo errado com o organismo, e para eliminá-la,
basta reparar a parte que a está provocando. Deve-se ter em mente que isso é
verdadeiro para algumas das dores somáticas, mas certamente não se aplica a
todas as dores do indivíduo.7 
 
O Modelo
biopsicossocial, apresentado por Dworkin
e cols 2 , segundo Okeson
7 talvez seja a maneira mais correta para se entender o processo doloroso.
Nesse modelo, mente e corpo não podem ser interpretados de modo isolado quando
se experimenta a nocicepção; isto é, o paciente deve ser analisado do ponto
de vista médico-físico, psicossocial, comportamental e funcional. Os impulsos
gerados por estímulos nociceptivos entram no SNC, passam pela formação
reticular e sobem até os centros mais elevados, ocorrendo interação entre
eles. A interação desses centros
resulta na influência psicossocial na experiência da dor. Esse modelo é especialmente importante
quando se analisa um indivíduo com dor crônica. 
 
Quando consideramos os efeitos
das dores agudas e crônicas por esse modelo, percebemos que no início da dor o
impulso somatosensitivo (BIO) tem mais influência sobre a experiência
dolorosa; a medida que a dor se prolonga, a influência dos centros superiores
(PSICOSSOCIAL) será provavelmente predominante. 5 
 
Esse
conhecimento tem valor terapêutico. 
 
 
 
4.
CLASSIFICAÇÃO
PARA AS DESORDENS DA DOR
A classificação mais
completa para a dor é aquela que avalia essa condição em dois níveis : o Nível I - representa os fatores fisiológicos responsáveis pelo
impulso nociceptivo (Fatores físicos, químicos e biológicos). O Nível
II (representa os fatores psicológicos que podem produzir ou influenciar a
experiência da dor. 
 
Utilizando essa classificação
pode-se diagnosticar melhor a dor e a terapia correta a ser utilizada pois o
tratamento será falho se for dirigido somente a um nível se o outro nível for
o principal causador da desordem. 
 
Desordens psicológicas
(desordens somatoformes e afetivas, como a depressão) são importantes fatores
que acompanham pacientes com dores crônicas4.
5.
FATORES
QUE INFLUENCIAM A EXPERIÊNCIAA percepção da dor é uma
experiência complexa que depende apenas em parte da intensidade do estímulo,
de sua qualidade (mecânica ou química), ou de sua localização e duração.
Quando os impulsos nociceptivos alcançam os centros cerebrais elevados, a
interação desses centros (tálamo, córtex cerebral e estruturas límbicas)
influenciam na interpretação desse impulso. O aumento da sensibilidade
dolorosa pode ser resultado de altos níveis
de angústia psicológica, uma vez que fatores psicológicos têm demonstrado
alterar a sensibilidade da
dor. 5 
Todas as dores, sejam elas somáticas
ou neuropáticas são influenciadas por fatores psicológicos. 6
Para Moraes 5,
ela é influenciada decisivamente por fatores
sociais, psicológicos e situacionais. Esses fatores modificam a percepção
da aversividade da dor, de maneira que a dor produzida por um estímulo
constante, não é sempre percebida como constante. Okeson6 ressaltou que a percepção da dor está na
dependência do medo, ansiedade, atenção
concentrada no problema, na falsa interpretação da doença e na dor de origem
desconhecida. 
 
No
SNC existem um grande número de neurônios que transmitem os impulsos para o
SNC (neurônios aferentes primários). Os impulsos são conduzidos para os
centros cerebrais superiores (tálamo, córtex e sistema límbico) por um número
relativamente menor de neurônios (neurônios aferentes secundários).
Desse
modo, vários neurônios aferentes primários realizam sinapse com um único
neurônio aferente secundário. Quando o impulso atinge os centros superiores,
ocorre o julgamento da experiência dolorosa pelo indivíduo, de acordo com no mínimo
quatro fatores:  
1.
Nível de estímulo no tronco encefálico
2.
Experiências anteriores
3.
Estado emocional
4.
Características comportamentais
5.1- NÍVEL
DE ESTÍMULO NO TRONCO ENCEFÁLICO 
 
Todos
os impulsos que entram no SNC estão sujeitos a modulação a medida que
ascendem para os centros cerebrais mais superiores. Essa modulação pode tanto
aumentar quanto diminuir o impulso nociceptivo, com concomitante aumento ou
diminuição da experiência da dor.
Os gânglios da raiz dorsal
geram continuamente uma barreira progressiva de impulsos sensitivos despejados
no SNC. Este constante fluxo de impulsos podem ser exacerbados pela formação
reticular, e reprimido pelo sistema
inibitório descendente, antes que ele alcance o tálamo e o córtex. Isso
significa que já existe uma fonte pronta impulsos neurais potencialmente
dolorosos, esperando por uma diminuição do nível de influência inibitória. 
 
O nível de atividade da formação
reticular, é determinada em grande parte pelos sinais sensitivos que entram
nessa área provindos da periferia; o impulso nociceptivo em particular aumenta
a atividade dessa área, desviando o cérebro para a atenção. 
 
O sistema
inibitório descendente, influencia o impulso ascendente em vários locais.
No caso de impulsos do nervo trigêmeo, é o núcleo
do trato espinhal; outras áreas
importantes da modulação inibitória parecem ser a substancia cinzenta periaquedutal e o núcleo magno da rafe. 
 
Quando
inibidos inadequadamente, existe a sensação de dor mesmo que não exista causa
local.
Quando um impulso nociceptivo
entra em um tronco encefálico normalmente “calmo”, em bom funcionamento, o
impulso pode nunca atingir os centros superiores, e se o fizesse, poderia não
provocar uma resposta significativa. Se ao contrário, o mesmo impulso atingisse
um tronco encefálico com formação reticular estimulada e pouca inibição
descendente, o impulso poderia afetar muito a resposta dos centros superiores. 
 
Isso pode ser observado nos
pacientes que sofreram dor por um período prolongado. O tronco encefálico está
estimulado, e mesmo um pequeno impulso de nocicepção pode provocar dor
significativa. 
 
5.2- EXPERIÊNCIA PESSOAL , ESTADO EMOCIONAL E
CARCTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS. 
 
Analisaremos
aqui o papel do córtex cerebral e do
Sistema límbico no processo de
interpretação da dor.
Quando o impulso nociceptivo
caminha rumo ao tronco encefálico, ele é posteriormente conduzido a centros
superiores como o córtex cerebral e o
sistema límbico. 
 
O córtex
cerebral é responsável pela memória das experiências passadas do indivíduo,
e desse modo, uma experiência altamente dolorosa no passado pode no presente
evocar uma sensação dolorosa similar, mesmo na ausência de nocicepção.
Quando os impulsos atingem o sistema
límbico, a dor é influenciada em nível
emocional, inicialmente as emoções manifestadas podem ser de medo ou ira,
o que representa o instinto de luta ou fuga do indivíduo. Se a dor é
prolongada, podem se manifestar sintomas de desamparo, tristeza, depressão ou
até loucura. 5  
 
A dor pode ser acompanhada de
uma sensação de desamparo, que cria um quadro psicológico no qual o indivíduo
necessita além dos cuidados técnicos, de uma atenção profissional e familiar
que vise o restabelecimento de seu equilíbrio emocional.
É curioso que nessas circunstancias, a atenção do profissional e da
família leve eventualmente a uma piora do quadro; isso porque nesses casos o
indivíduo aprendeu a lidar com a dor e o desamparo como forma de obter
manifestações de afeto que não conseguem em situações normais do cotidiano.
Isso é o que chamamos de ganho secundário. 
 
A
tensão é outro fator que
influencia a percepção da dor. A tensão pode ser definida como uma resposta
do indivíduo a mudanças ambientais, onde ocorre a resposta de luta ou fuga,
diante do agente agressor. Podem ser momentâneas ou contínuas, gerando a
resposta de luta ou fuga contentemente no indivíduo. 
 
Esses ataques prolongados
podem causar grande impacto sobre o tronco encefálico e os centros superiores.5
Muitos desses ataques não são físicos, mas representam um desafio emocional
constante, como por exemplo um indivíduo que trabalha sob constante pressão e
com muitas responsabilidades. Essa atividade provavelmente aumenta a atividade
do sistema nervoso simpático (tensão
emocional). 
 
O stress
é uma resposta do organismo frente a desafios e situações ameaçadoras ou
potencialmente ameaçadoras. Ocorre então um aumento de atividade do sistema
nervoso autônomo simpático, que além de respostas fisiológicas como aumento
do fluxo sangüíneo e da força muscular, da atividade metabólica; aumenta
também a atividade mental. Esse aumento nas atividades cerebrais tem
reconhecida influencia na experiência da dor. 5 
 
O estado
emocional do indivíduo pode afetar profundamente sua percepção da dor. Se
o paciente está calmo e confiante, a experiência é minimizada, se estiver
excitado, irritado ou agitado, a experiência de dor é aumentada. 
 
O efeito das tensões
emocionais sobre a dor, o sofrimento e o comportamento deve ser considerado
quando se avalia a experiência dolorosa. 
 
Outro aspecto importante, é o
estilo particular de cada indivíduo de lidar com a dor. Se por uma lado é
importante considerar o papel da experiência, por outro lado a situação clínica
mostra que as pessoas reagem à dor de acordo com sua personalidade: enquanto
alguns têm uma atitude “agressiva” para com a dor, querendo ver-se livres
dela o mais rápido possível, solicitando ao profissional uma atitude rápida e
radical, outros não obedecem ao tratamento proposto, receosos de que ela possa
causar ainda mais dor, tendo uma atitude de “fuga” para com ela.5 
 
O córtex pode se relacionar diretamente com as estruturas límbicas,
gerando padrões relativos ao comportamento. As estruturas límbicas contém
certos centros neurais, e dentre eles, o centro
da dor/prazer. Segundo Okeson6
existem comportamentos que estimulam esse centro e não são em geral percebidos
em nível consciente, mas como um instinto básico. 
 
Isso resulta clinicamente em
comportamentos do paciente em relação à dor; alguns direcionam grande
significado e emoção a dor, aumentando o grau de sofrimento; outros
experimentando o mesmo grau de dor podem dar pouco significado e emoção a
experiência, diminuindo o grau de sofrimento. 
 
Um paciente com dor crônica
terá seu comportamento orientado no sentido de “fugir” de qualquer estímulo
que possa aumentar a dor. Freqüentemente a pessoa se afasta da vida, surgindo
certas alterações de humor como a depressão. 
 
6.
ANSIEDADE
Há muitos anos tem-se
estudado sobre o papel da ansiedade e do medo na percepção da dor. Quanto mais
um indivíduo sente-se ansioso, maior será sua sensibilidade a dor; portanto os
fatores que contribuem para o aumento da ansiedade, também aumentam a percepção
da dor sendo o inverso verdadeiro também. 
 
Deve-se ter em mente que um
paciente com dor, principalmente dor crônica, é um paciente ansioso. Gale
6 em estudo com 54 mulheres com dor facial crônica, relatou que a
ansiedade e o comportamento hostil eram achados comuns. Esses comportamentos
segundo o autor resultam da dor; quando não estão com dor, eles não são mais
ansiosos do que a população em geral. 
 
A ansiedade nem sempre é
reconhecida, pois ele pode encobrir seu estado emocional temendo uma análise crítica
do profissional ou até mesmo da sociedade, ou porque não aprenderam a exibir
livremente seus sentimentos. 
 
A compreensão
(ou previsibilidade) que o indivíduo tem sobre uma situação produtora de
dor já ocorrida, ou que esteja iminência de ocorrer, e o controle que o paciente possa exercer sobre essa situação são
fatores que podem contribuir par aumentar ou diminuir a ansiedade. 
 
A manipulação desses fatores
podem determinar uma diminuição da aversão provocada pela dor, enquanto o
componente fisiológico da dor poderá ser combatido por recursos farmacológicos
ou cirúrgicos.  
 
Quando a ansiedade que antecede
uma cirurgia é reduzida ou eliminada através da explicação, instrução e
apoio, os indivíduos solicitaram durante o pós-operatório uma quantidade
menor de analgésicos do que aqueles cuja ansiedade não foi corretamente
manejada antes da cirurgia.
Por isso, durante o
tratamento, o profissional deve dar ao paciente um certo grau de previsibilidade
de seu problema de saúde e sua dor presente ou iminente; contudo nem sempre
pode-se dar ao paciente o controle sobre uma situação dolorosa, a não ser em
casos que essa dor resulte do próprio tratamento. 
 
A
falta de informação contribui para a formação de medos exagerados, que
aumentam mais a ansiedade do paciente, levando a um aumento da sensibilidade ao
estímulo doloroso.
7.
DOR AGUDA E DOR CRÔNICA
Os processos dolosos agudos
estão geralmente associados a condições clínicas de rápida instalação, São
auto-limitantes produzindo algumas vezes sintomas graves em um curto período de
tempo, e possuem uma etiologia evidente. Segundo Okeson7 a dor aguda tem uma duração inferior a 6 meses
ou o tempo necessário para que ocorra a cura dos fatores iniciais. 
 
A dor aguda está geralmente
mais associada a fatores do Nível I (
sem influência dos fatores psicológicos), e se não corretamente
diagnosticada e tratada, pode tornar-se crônica, embora a maneira de como uma
dor aguda possa tornar-se crônica ainda seja pouco conhecida. 3 
 
A dor crônica, é geralmente
associada a doenças de curso longo, e essa condição duradoura e dolorosa
acaba fazendo parte da rotina do paciente. Com a cronicidade, todas as dores
parecem assumir características de intensificação
psicogência, e a cor pode intensificar-se mesmo quando o impulso
somatosensitivo diminui7.  
 
Desde
que o aspecto comportamental e emocional na experiência da dor permaneçam
proporcionais a doença orgânica e a expectativa da angustia do paciente, a dor
crônica não é sinônimo de psicopatologia. 
 
Os pacientes com dores crônicas
geralmente apresentam altos níveis de stress, ansiedade e depressão, abuso de
medicamentos e procedimentos cirúrgicos anteriores para aliviar a dor sem
resultados; sua auto-estima é baixa e podem sofrer de frigidez e impotência,
além do temperamento hostil e manipulativo. 
 
O tratamento de desordens que
envolvam dor aguda ou crônica inclui primariamente uma tentativa de curar ou
aliviar a condição responsável pelos sintomas, mas o suporte emocional é
essencial no controle da dor em todos os pacientes. 9 
 
Denucci
e cols. 1
indicam um
tratamento integrado para pacientes com distúrbios dolorosos
temporomandibulares, onde a terapia com drogas é associada com procedimentos
fisioterápicos e métodos psicossociais para o controle da dor, sugerindo um tratamento multidisciplinar. 
 
8.
CONCLUSÃO
Na clínica diária
confrontamo-nos com vários quadros patológicos onde a dor está presente; o próprio
tratamento odontológico é uma fonte geradora de stress e ansiedade,
influenciando de maneira marcante a percepção da dor pelo paciente 
 
O conhecimento dos aspectos psicológicos que influenciam a percepção
dolorosa deve ser levado em consideração juntamente com os meios farmacológicos
para um efetivo combate a dor. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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R.A.; DUBNER,R. Identifying a neurobiologic basis for drug therapy in TMDs. J.
Am. Dent. Assoc., V. 127, P 581-83, 1996 
 
2
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psychosocial aspects of chronic orofacial pain. Dentistry today, v.
38 p. 40-5, 1993 
 
3
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disorders in acute and chronic TMD: na initial examination. J.M.Dent. Assoc., v. 127, p. 1365-74, 1996 
 
4
- KINNEY, R.; GATCHEL, R.J. ELLIS, E.; HOLT, C.
Major psychological disorders in chronic TMD patients: implications for
successful management. J.Am. Dent. Assoc., v.
123, p. 49-54, 1992. 
 
5 – MORAES
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ed., São Paulo: Artes Médicas, p. 289-97, 1991. 
 
6 – OKESON,
J.P. Dores bucofaciais de Bell 5a ed. São Paulo: Quintessence
editora, 1995. 
 
7 – OKESON,
J.P. Dor orofacial, guia de avaliação diagnóstico e tratamento São
Paulo: Quintessence editora, 1998 
 
8 –
PEREIRA, L.H.M.C.; RAMOS, D.L.P.; CROSATO, E
Ansiedade e dor em Odontologia – enfoque psicofisiopatológico. REVISTA
APCD, v. 49(4), p. 285-90, 1995. 
 
9
– REID, K. A rational aproach to
chronic Facial Pain of muscle origin – Orofacial pain management, v.
2(1) p. 1-5, 1992.
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