Alberto Consolaro
Alessandro A. Costa Pereira
Clóvis Marzola
Jesus Carlos Andreo
João Lopes Toledo Filho
Leonardo de Lavalle Restrepo
Na presente pesquisa avaliou-se microscopicamente o potencial do Osseobond (matriz óssea bovina desmineralizada) + membrana reabsorvível do osso bovino (Dentoflex "www.dentoflex.com.br") no reparo de defeitos ósseos provocados em tíbias de ratos "Wistar albinus". Um total de 40 defeitos ósseos de aproximadamente 3 mm de diâmetro foram produzidos com broca de fissura 701 nas tíbias direita e esquerda dos animais. Em cada animal um defeito foi preenchido com partículas de Osseobond mescladas com aglutinante "Dentoflex" e, recoberto com membrana reabsorvível de osso bovino liofilizado "Dentoflex". A outra falha foi preenchida com coágulo sangüíneo do próprio animal. Os animais foram sacrificados após 3, 7, 10, 20 e 40 dias. As peças descalcificadas foram processadas e cortes histológicos foram obtidos. A analise histológica indicou que no grupo controle e experimental aos 7 dias, foram encontradas áreas iniciais de neo-formação óssea na periferia das lojas cirúrgicas com grande quantidade de osteoblastos e tecido osteóide. Nos grupos controle de 10, 20 e 40 dias o padrão de neo-formação óssea manteve-se uniforme, culminando com o preenchimento da loja cirúrgica já a partir do período de 20 dias. No grupo experimental de 20 dias a formação óssea teve seu início junto à cortical oposta, da periferia para o centro preenchendo parcialmente a loja cirúrgica. No grupo experimental de 40 dias as lojas cirúrgicas encontravam-se praticamente reparadas com tecido ósseo pouco trabeculado, com a formação óssea preenchendo a loja cirúrgica, contudo, não ultrapassado seu limite externo.
Estudo
Microscópico em Tíbia de Ratos (Wistar albinus) 
INTRODUÇÃO
É
preocupação do cirurgião dentista a perda óssea ocorrida logo após a extração
de dentes, assim como a formação de tecido fibroso onde deveria existir tecido
ósseo, limitando a grande maioria dos casos clínicos à perfeita adaptação de
próteses futuramente, vindo a restringir a função estomatológica do paciente
e impedindo sua recuperação estética. Por isto desde algum tempo pesquisas estão
evoluindo no sentido de possibilitar a colocação de materiais no interior de
cavidades ósseas após exodontias, exéreses de cistos, apicoplastias ou ainda
de outras patologias onde possa vir a ocorrer uma loja óssea após o procedimento
cirúrgico.      
Estas
cavidades em condições normais, desde que o agente causador tenha sido eliminado,
são reparadas através de processo de reparo biológico natural. A extensão e
velocidade deste processo de reparação, está na dependência da localização anatômica
do agente etiológico, das dimensões da lesão, além das características biológicas
de cada indivíduo. Podem ser necessários anos para se completar um reparo, expondo-se
o paciente a riscos e desconfortos, muitas vezes desnecessários .     
 
Na
tentativa de reconstrução total ou parcial dessas estruturas perdidas, desenvolveram-se
técnicas com o objetivo de recuperar o contorno anatômico normal, restaurar
sua função, eliminar espaços mortos, favorecer a cicatrização, além de prevenir
a invaginação de tecidos moles para o interior dessas cavidades, reduzindo assim
as chances de infeções secundárias e, restabelecendo conseqüentemente, de maneira
quase imediata o suporte para aparelhos protéticos .      
 
Materiais
implantares em cavidades ósseas como o gesso paris, osso sintético e osso anorgânico,
foram utilizados com resultados relativamente apreciáveis . A idéia de ser usado
osso desmineralizado em defeitos ósseos não é nova e, já em 1889 SENN relatava
o uso desse material para tratamento de falhas ósseas ocasionadas por osteomielites.
Uma alternativa viável no tratamento de lesões ósseas crânio-bucofaciais vem
sendo a utilização de matriz óssea alogênica desmineralizada submetida a procedimentos
especiais de reparo, para o preenchimento do espaço das lesões, na expectativa
de formação de novo osso na região .    
O
comprometimento do reparo ósseo ocorre pela união fibrosa no defeito ósseo,
pela invasão de fibroblastos no coágulo sangüíneo. Para que isto seja evitado,
pode-se lançar mão de uma técnica cirúrgica que impeça que o coágulo sangüíneo,
ou a loja óssea, sejam populados por células indesejáveis, pela colocação de
membranas ou barreiras físicas, favorecendo assim a migração de células com
potencial osteogênico. Assim, impede-se que os fibroblastos colonizem o coágulo
antes dos osteoblastos, que são mais lentos em sua função.      
 
A
utilização de membranas biológicas impede que as células do epitélio bucal e
do tecido conjuntivo participem da cicatrização do defeito ósseo, deixando que
as células osteoblásticas tenham a prioridade de se conduzirem para a área.
Estas membranas criam um meio propício para melhorar a regeneração funcional
através do potencial biológico natural que inclui fatores como a prevenção da
inflamação conseqüente à presença bacteriana, a estabilidade mecânica do coágulo,
a criação e manutenção do espaço pôr ele preenchido além do isolamento dos tecidos
indesejáveis do local de regeneração.        
As
formou osso de alta qualidade e os 8 implantes colocados encontravam-se osteointegrados
na época da segunda cirurgia. O osso liofilizado além de formar osso em menor
quantidade, mostrou também ser de má qualidade.        
Considerando-se
as cirurgias periapicais, apicoplastias, exérese de cistos, intervenções nos
tecidos do periodonto, e levando-se em conta os conceitos biológicos da Regeneração
Tecidual Guiada (RTG), propusemo-nos a realizar uma análise experimental da
utilização de membrana biológica de osso bovino recobrindo cavidades ósseas
preenchidas com matriz de osso bovino liofilizado (OSSEOBOND), sendo ambos materiais
fabricados pelo Departamento de Bioquímica da FOB-USP.  
 
MATERIAL
E MÉTODOS        
Foram
utilizados 20 ratos machos "Wistar albinus" adultos pesando aproximadamente
250 g provenientes do biotério da FOB-USP. Foram divididos em 5 grupos de 4
animais cada, de acordo com os períodos experimentais de 3, 7, 10, 20 e 40 dias.
As cirurgias foram realizadas com os animais sob anestesia por inalação com
éter sulfúrico.        
Após
anestesia e preparado o campo cirúrgico foi efetuada tricotomia das regiões
ventral direita e esquerda das superfícies laterais das tíbias com lâmina de
barbear e assepsia vigorosa com iodo tópico. Foram incisadas com lâmina de bisturi
número 15, a pele e a fascia muscular em seu sentido longitudinal, com aproximadamente
1,5 cm de extensão, para expor-se a superfície anterior do osso. Em seguida
outra incisão foi praticada sobre o periósteo para permitir seu descolamento,
sendo afastado no sentido posterior, obtendo-se assim, excelente área de trabalho
(Fig.1). Duas pinças foram colocadas para a manutenção e proteção das estruturas
moles (Fig.1), uma em cada extremidade óssea realizando-se as cavidades na tíbia,
com o auxilio de uma broca de fissura número 701 em turbina de alta rotação.
Estas cavidades foram preparadas nas superfícies laterais das tíbias direita
e esquerda, com aproximadamente 3 mm de extensão longitudinal, e 2 mm de extensão
transversal; somente às expensas da cortical óssea lateral e espaço medular
das tíbias, sem qualquer envolvimento cortical medial (Fig.1). Assim tornou-se
possível a inclusão de materiais implantares, sem exceder o volume da cavidade. 
 
Foi
implantado na cavidade feita na tíbia direita o osso bovino liofilizado da marca
Osseobond* que trata-se de uma matriz orgânica de osso cortical bovino na forma
microgranulada, obtida por desmineralização cuidadosa e controlada da cortical
óssea, finamente pulverizado, misturado com aglutinante Dentoflex* que é um
polissacarídeo constituido por glicose com solução tampão com pH fisiológico,
cujo componente principal é a Dextrana; e, recobrindo esses materiais, foi colocada
uma membrana reabsorvível de osso bovino Dentoflex* produzida a partir da laminação
da cortical óssea bovina desmineralizada e liofilizada, umedecida em soro fisiológico
a 0.9%, sendo chamada esta de "tíbia experimental" (Fig. 2 e 3). Na
tíbia esquerda não foi colocado nenhum material, sendo chamada de "tíbia
controle". Logo após ser colocado o material implantar foi estimulado o
sangramento da região, sendo reposicionados os tecidos sobre o local, promovendo-se
a sutura num só plano, com pontos simples interrompidos com fio de seda preta
4-0 (Ethicon _ Johnson & Johnson) (Fig. 4).    
Terminadas
as suturas os ratos foram colocados em gaiolas plásticas com pó de serragem
onde permaneceram até o dia do sacrifício, sendo este pó de serragem trocado
a cada dois dias. Os animais foram alimentados com rações de alimentos especial
PurinaÒ e água corrente em quantidades não especificadas, sendo a água trocada
todos os dias.        
Não
foi feita nenhuma medicação analgésica, antinflamatória ou antibiótica no pós
operatório imediato ou tardio.        
Os
5 grupos foram sacrificados conforme as datas pré-estabelecidas para cada grupo
em 3, 7, 10, 20 e 40 dias após a cirurgia, pela intoxicação com éter sulfúrico.
Quando do sacrifício, a porção das tíbias contendo a cavidade simples e com
material, foi removida, preservando-se o periósteo. Estas porções das tíbias
foram removidas usando-se discos de carborundo montados em alta rotação, com
irrigação abundante com soro fisiológico à 0.9%.        
As
peças foram fixadas em formalina à 10% e descalcificadas em ácido diaminotricloroacético
por 30 a 40 dias, desidratadas e incluídas em parafina para posteriores cortes
histológicos de 6 a 8 mm semiseriados de 1:5. Estes cortes foram corados por
hematoxilina e eosina, sendo as lâminas confeccionadas e analisadas sob microscopia
óptica.    
RESULTADOS
Grupo
experimental de 03 dias:
Nas
lâminas deste grupo observam-se fragmentos de tíbia óssea, com tecido medular
interposto por corticais ósseas revestidas parcialmente pelo periósteo. A medula
óssea, à distância da loja cirúrgica, mostra padrões de normalidade e hematopoiese.
As corticais exibem poucos e estreitos espaços medulares, bem como pequeno número
de osteócitos, que estão ausentes na faixa da cortical junto à loja cirúrgica.
Em uma das corticais ósseas pode-se notar a loja cirúrgica de forma ovalada,
alcançando levemente a cortical oposta, e no interior desta loja observam-se
fragmentos de tecido amorfo acelular e eosinófilo, compatível com tecido ósseo
desvitalizado. De permeio a esses fragmentos teciduais notam-se grandes quantidades
de vasos sangüíneos congestos, hiperêmicos e dilatados, além de focos hemorrágicos
e infiltrado inflamatório contendo células mono e polimorfonucleares. Há discretas
unidades de reabsorção óssea instaladas junto à loja cirúrgica, tanto no osso
cortical, quanto junto nos fragmentos teciduais. Recobrindo a loja cirúrgica
nota-se rico exsudado serofibrinoso, com infiltrado inflamatório predominantemente
polimorfonuclear além de áreas hemorrágicas. No interior da medula óssea e próximo
à loja cirúrgica observam-se, em pequeno número, células gigantes multinucleadas,
além de células inflamatórias PMNs e, grande número de vasos sangüíneos (Fig.
5).
Grupo
experimental de 7 dias:        
Neste
grupo experimental os fragmentos de tíbia mostram, junto à cortical óssea seccionada,
áreas de neo-formação óssea, iniciando na periferia da cortical, com um contorno
arredondado, acompanhando a loja cirúrgica e unindo-se, ao centro, à neo-formação
óssea iniciada na outra cortical. A neo-formação óssea preenche parcialmente
a loja cirúrgica na sua periferia e profundamente. Este tecido ósseo neoformado,
do tipo imaturo, mostra-se bem celularizado, com muitos osteócitos e revestimento
externo por osteoblastos, possuindo arranjo trabecular. No interior da loja
cirúrgica notam-se fragmentos de tecido amorfo, acelular, lembrando tecido ósseo
desvitalizado, com focos de reabsorção e presença de clastos multinucleados,
em lacunas e justapostos à superfície. Externamente, a loja cirúrgica mostra-se
com infiltrado inflamatório MN e presença de CGMIs, vasos sangüíneos congestos
e hiperêmicos, além de uma área inicial de neo-formação óssea. Nas paredes da
cortical voltadas para a loja cirúrgica nota-se franca reabsorção óssea, com
a instalação de várias unidades de reabsorção. Na cortical oposta observa-se
formação de osso subperiostal e, no mesmo nível da loja cirúrgica nota-se formação
de tecido cartilaginoso. Não há presença de periósteo. O espaço medular mostra-se
preenchido com medula de padrão normal (Fig. 7).  
 
Grupo
experimental de 10 dias:        
Os
fragmentos de tíbias dos animais deste grupo experimental mostram neo-formação
óssea ocupando grande extensão do canal medular, iniciando-se à distância da
loja cirúrgica. O osso neoformado mostra-se ricamente celularizado, com grande
quantidade de osteócitos e de espaços medulares, caracterizando formação trabecular,
       
É
de extrema importância esta linha de pesquisa sobre os materiais aloplásticos
implantares, constituindo-se seu emprego em mais um recurso a ser aplicado principalmente
na clínica cirúrgica especializada, para o preenchimento de falhas ósseas, buscando-se
desta maneira, um reparo mais adequado a esta área, tendo em vista principalmente
a colocação de implantes, num curto espaço de tempo.      
 
Nos
resultados obtidos na presente investigação por implantes de osso liofilizado
+ aglutinógeno + membrana de osso bovino liofilizado, pôde-se constatar através
da análise microscópica que após 40 dias as lojas cirúrgicas encontravam-se
praticamente reparadas, com tecido ósseo pouco trabeculado e, medula óssea com
aspectos de normalidade.        
Estes
achados podem ser perfeitamente comparados àqueles encontrados por outros autores,
que além de constatarem esta ocorrência microscopicamente, ainda verificaram
estes        
mesmos
achados clínica e radiograficamente , demonstrando-se assim, as propriedades
destes materiais no reparo de uma loja cirúrgica, bem como sua capacidade osteoindutora,
além de mostrarem-se totalmente biocompatíveis (Quadro 1).      
 
Durante
a técnica cirúrgica observou-se que estes materiais do mesmo modo que em outros
experimentos, apresentavam características de fácil manipulação, podendo desta
maneira serem facilmente trabalhados para sua colocação nas feridas cirúrgicas.(Quadro
1).        
Nesta
pesquisa pôde-se verificar que estes materiais aloplásticos, tanto o osso liofilizado
quanto a membrana, foram quase que perfeitamente reabsorvíveis após um período
de 40 dias, não sendo necessário, principalmente para as membranas, a necessidade
de um segundo tempo cirúrgico, tornando-os assim, muito mais acessíveis aos
profissionais da área, no que diz respeito à conscientização de seus pacientes
para seu recebimento, evitando-se assim outro tempo cirúrgico para a remoção
da membrana, no caso das não reabsorvíveis, apesar do reparo adequado.  
 
Foram
encontradas outras pesquisas onde foram obtidos resultados que diferem daqueles
observados nesta investigação, podendo-se atribuir este fato à tentativa de
alguns autores em descobrir novas aplicações e subsídios desses materiais aloplásticos
implantares. Em outra investigação, estudo comparativo foi efetuado entre osso
autógeno e osso liofilizado, para o levantamento de mucosa de seio maxilar concluindo-se
pela melhor qualidade do osso autógeno utilizado, conclusão parecendo-nos óbvia,
tendo em vista o material utilizado - osso da própria pessoa - apesar do maior
desgaste a que deva ser submetido este paciente, para a retirada desse osso
(Quadro 1), além do altíssimo custo da cirurgia, que tornaria o processo praticamente
restrito a determinadas classes sociais. Este é o principal fator em que se
baseia o estudo dos presentes materiais, para tornar seu custo bastante acessível,
tanto para os profissionais quanto para os clientes menos favorecidos.  
       
 
Grupo
experimental de 20 dias:        
Neste
grupo experimental observa-se nos fragmentos da tíbia, formação óssea trabecular,
com espaços medulares amplos e celularizados, com osteócitos e revestido por
osteoblastos. A formação óssea inicia-se junto à cortical oposta e da periferia
para o centro preenche parcialmente a loja cirúrgica. Na superfície da loja
cirúrgica notam-se pequenos e poucos fragmentos amorfos acelulares e eosinófilos,
lembrando osso desvitalizado e, de permeio há infiltrado inflamatório MN, encontrando-se
também alguns clastos multinucleados e CGMI. Recobrindo a loja cirúrgica nota-se
tecido conjuntivo fibroso e células inflamatórias MN. Extensa formação de tecido
fibroso, celularizado, ocupa a periferia da loja cirúrgica, interpondo-se entre
esta e o tecido ósseo neoformado. As paredes das corticais ósseas voltadas para
a loja cirúrgica mostram-se recortadas e revestidas por osteoblastos, além da
presença de linhas de reversão. O canal medular mantém-se preservado à distância
da loja cirúrgica e com padrão de normalidade. Parcialmente as corticais mostram,
externamente, periósteo e inserção de tecido muscular (Fig. 11).    
 
 
Grupo
experimental de 40 dias:        
Nota-se
neste grupo experimental, tíbias com lojas cirúrgicas praticamente reparadas
com tecido ósseo pouco trabeculado, com arranjo parecido aos das corticais,
com canal medular total ou parcialmente restabelecido. O limite entre as paredes
remanescentes das corticais e do osso neoformado é nítido. A formação óssea
preenche a loja cirúrgica não ultrapassando seu limite externo. Não se observa
infiltrado inflamatório e fragmentos de material amorfo e acelularizado. A medula
óssea apresenta aspectos de normalidade, inclusive próximo ao espaço ocupado
anteriormente pela loja cirúrgica (Fig. 13).      
 
Grupo
controle:        
Os
cortes microscópicos das tíbias dos animais dos grupos controle mostram padrões
de normalidade relativos à neo-formação óssea, observando-se no período de 3
dias a formação de coágulo sangüíneo além de restos de tecido ósseo amorfo e
desvitalizado em toda a loja cirúrgica (Fig. 6). Neste período constatou-se
intenso infiltrado inflamatório, predominantemente mononuclear, com presença
de clastos multinucleados junto aos fragmentos de tecido ósseo. A partir do
período de 7 dias nota-se áreas inicias de neo-formação óssea na periferia das
lojas cirúrgicas, com presença de grande quantidade de osteoblastos e produção
de tecido osteóide (Fig. 8). Nos grupos de 10 (Fig. 10), 20 (Fig. 12) e 40 dias
(Fig. 14), o padrão de neo-formação óssea mantém-se uniforme, mudando-se apenas
a quantidade de sua formação, culminando com o preenchimento da loja cirúrgica
já a partir do período de 20 dias. O espaço mostra-se com aspecto de normalidade
compatíveis com a remodelação óssea, exibindo reparação ao final do período
experimental.      
CONCLUSÕES
       
Do
exposto parece lícito concluir que:        
1.
Esses materiais são de fácil manuseio.        
2.
São materiais reabsorvíveis, dispensando um segundo procedimento cirúrgico.
       
3.
São materiais biocompatíveis.        
4.
Favorecem um preenchimento adequado de toda a loja óssea.    
 
5.
São eficaz no reparo de lesões ósseas.        
* Esses três materiais são desenvolvidos
no Departamento de Bioquímica da FOB-USP.
Fotos
   
   
Fig. 1 - Aspecto do preparo da cavidade para o recebimento do material
aloplástico implantar.
Fig.
2 - O material implantar "Osseobond" colocado na cavidade. 
Fig.
3 - O material implantar "Osseobond" colocado na cavidade e protegido
pela membrana Dentoflex.   
Fig.
4 - Aspecto da sutura final no experimento realizado.   
Fig.
5 - Fotomicrografia experimental com 3 dias:   
 
  Fig. 6 - Fotomicrografia
controle com 3 dias:   
Fig.
7 - Fotomicrografia experimental com 7 dias: Áreas de neoformação óssea (ON)
à partir da periferia, remodelação da cortical óssea (c), com intensa atividade
celular na região, neovascularização (·) e presença de células inflamatórias
(®) - Aumento original de 48x.   
Fig. 8 - Fotomicrografia controle com 7 dias: No fundo da loja cirúrgica
tem-se neoformação óssea (ON), com presença de células osteoblásticas (Ù) e
neovascularização (·) - Aumento original de 100x.
Fig. 9 - Fotomicrografia experimental com 10 dias: Da periferia para
o centro da loja cirúrgica observa-se neoformação óssea (ON), presença de células
osteoblásticas (Ù), remodelação da cortical óssea (c), neovascularização (·)
e presença de células inflamatórias (®) - Aumento original de 48x.
Fig. 10 - Fotomicrografia controle com 10 dias: No meio da loja cirúrgica nota-se neoformação óssea (ON)
com presença de células osteoblásticas (Ù), remodelação da cortical óssea (c)
e, neovascularização (·). Aumento original de 48x.   
Fig. 11 - Fotomicrografia experimental
com 20 dias: Do fundo para a periferia da loja cirúrgica nota-se neoformação
óssea (ON), com presença de células osteoblásticas (Ù) e formação de tecido
osteóide (TO). Remodelação da cortical óssea (c) e indício de células que formarão
a medula óssea (MO) - Aumento original de 48x.
Fig.
12 - Fotomicrografia controle com 20 dias: No fundo da ferida cirúrgica observa-se
neoformação óssea (ON), focos hemorrágicos (H), com presença de células que
formarão a medula óssea (MO) - Aumento original de 48x.   
Fig. 13 - Fotomicrografia experimental com 40 dias: Vista panorâmica da loja
cirúrgica com fechamento da ferida (ON) e remodelamento das corticais ósseas
(c). Presença de medula óssea (MO), com maior quantidade de células amarelas
(CA) em relação às vermelhas (CV) - Aumento original de 16x.
Fig. 14 - Fotomicrografia
controle com 40 dias: Preenchimento ósseo (ON) da cavidade cirúrgica, com formação
de medula óssea (MO), com presença de maior quantidade de células vermelhas
(CV) em relação às amarelas (CA) - Aumento original de 48x.
   
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