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Aveiro alarga mapa genómico
Noticia adicionada à base de dados do Dentaria.com a 2002-10-25


Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro provou que a descodificação do genoma humano está, de facto, incompleta. A descoberta de um novo gene, que não estava ainda marcado na base de dados do genoma, demonstra que ao conjunto de cerca de 30 mil genes já identificados continuam a faltar novas descodificações.

A contribuição para uma das maiores empreitadas científicas do século, efectuada pela equipa do Centro de Biologia Celular, coordenada por Edgar e Odete Cruz e Silva, aconteceu na sequência de um trabalho sobre a infertilidade masculina que identificou uma nova proteína. Ao confrontar esta descoberta com a base de dados do genoma humano disponível na Internet (aproximadamente oito meses depois da sua divulgação pelos grupos Celera Genomics e Human Genome Project, em Junho de 2000), para tentar perceber qual seria o gene responsável pela sua codificação, os cientistas portugueses identificaram-na com uma sequência ainda não marcada.

Ao estudar os processos de regulação de uma proteína base (PP1) no funcionamento dos espermatozóides, e sabendo que esta actua sempre como parte de um complexo, os investigadores partiram em busca do alvo dessa interacção nos espermatozóides. A nova proteína foi identificada, ainda que não esteja descrita nem tenha nome, e o passo seguinte foi procurar mapeá--la no genoma.

Uma das grandes dificuldades na descodificação do genoma é a identificação correcta de genes. Sendo estes sequências de introns e exons, mas onde apenas estes últimos codificam proteínas, há, contudo, grandes problemas em saber quando começam e acabam. Esta situação torna, assim, difícil perceber quais são as sequências que efectivamente correspondem a um gene. Mas, por terem feito «o caminho contrário», foi fácil comparar a sequência da proteína e assim identificar os exons: «Por inferição, descobrimos que o material genético que estava no meio era introns».

A proteína descoberta é «relativamente grande e parece ter características interessantes, do ponto de vista dos mecanismos de regulação», assinala Edgar Cruz e Silva. «Vamos passar a produzi-la por meios tecnológicos para podermos estudá-la e avaliar a sua interacção com a PP1», explica ainda o investigador. O trabalho continua no sentido de descrever a proteína para possa depois ser publicado em revista científica da especialidade. Outra vertente da investigação passa por avaliar a distribuição dessa sequência em outros órgãos. «Sabemos que ela é expressa em grandes quantidades no testículo, mas não eliminámos a possibilidade de ela se encontrar noutros tecidos humanos em quantidades menores ou difíceis de detectar».

Esta não é a primeira vez que Edgar e Odete Cruz e Silva contribuem para o mapeamento do genoma humano. Na década de 80, na sequência dos trabalhos iniciais sobre a família de fosfatases a que pertence a PP1, esta dupla de investigadores identificou novas isoformas desta proteína e da sua «irmã» PP2 (codificadas por um gene diferente, mas tão semelhantes entre si que não podem, por isso, ser consideradas distintas das PP1 e PP2).

Na sequência da investigação, estas cientistas descobriram mais quatro fosfatases e contribuíram para um conhecimento mais completo desta família de proteínas ao mapear a localização genómica dos genes humanos responsáveis pela codificação das PP1 e PP2, as quais, inclusive, chegaram a clonar.

Esta nova proteína, que foi descoberta no Centro de Biologia Celular da Universidade de Aveiro, constitui um elemento-chave na investigação que pretende vencer a infertilidade masculina. Uma vez que actua por interacção com a PP1, poderá, desta maneira, formar um complexo específico, que possa ser o alvo de uma terapêutica.

autor Elsa Costa e Silva
in Diario de Notícias
dn.sapo.pt

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