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Farmácia troca remédios Noticia adicionada à base de dados do Dentaria.com a 2002-12-28
Na próxima semana, os medicamentos receitados por um médico já podem ser substituídos nas farmácias por genéricos, 35 por cento mais baratos. Para isso será também aplicado a partir de 1 de Janeiro o novo modelo de receita em que o profissional, quando não prescreve genéricos, assinala com uma cruz os produtos em que permite a substituição na farmácia.
No entanto, até dia 20 de Janeiro, será permitida a coexistência das duas receitas – a nova e a antiga. A partir de dia 20, o Ministério da Saúde apenas aceitará que os médicos usem o novo modelo. Certo é que médicos e indústria farmacêutica podem vir a inviabilizar o efeito das medidas pretendido pelo ministro da Saúde.
A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica vai lançar em Janeiro uma campanha televisiva para alertar os médicos para o perigo de as suas prescrições serem alteradas e para avisar a população que o médico é que conhece os fármacos. Uma campanha que irá coincidir no tempo com uma outra do Estado sobre genéricos, que irá novamente para o ar no dia 20 de Janeiro. O doente irá, assim, ver na televisão duas campanhas: uma a favor dos genéricos; outra a explicar que não há medicamentos de primeira e de segunda. A Ordem dos Médicos, por seu lado, pode vir a aconselhar os médicos a nunca autorizarem a substituição. Aliás, uma atitude já tomada pelo presidente da secção regional do norte da Ordem, Miguel Leão.
Com as novas regras, o Estado irá poupar 60 milhões de euros por ano. Os utentes, esses, podem ser obrigados a pagar muito mais do seu bolso. Isto devido à nova forma de comparticipação que entrará em vigor em Março de 2003, que encarece os fármacos de marca.
MEDICAMENTOS DE MARCA MAIS CAROS
Para tentar levar os médicos a receitar e os doentes a optar pelos genéricos, o Ministério da Saúde decidiu introduzir uma nova forma de comparticipar os medicamentos dos grupos terapêuticos onde existem genéricos no mercado, que entra em vigor a 9 de Março.
A estratégia foi diminuir a ajuda do Estado aos produtos de marca, tornando-os mais caros para os doentes. A fórmula é simples: A comparticipação dos medicamentos passa a ser feita com base no preço do genérico mais caro de cada grupo terapêutico e não com base no preço de venda ao público dos vários produtos de marca, como actualmente.
Uma simulação: no grupo da substância activa paracetamol, se o preço do genérico mais caro for, por exemplo, 5 euros, passa a ser este o preço com base no qual o Estado vai comparticipar. Com isto, um fármaco de marca composto por paracetamol que agora tenha uma comparticipação de 70% e custe dez euros, deixa de ter a actual ajuda estatal de sete euros ( 70% de dez euros) e passa a ter apenas 3,5 euros (70% de 5 euros).
Significa isto que se o médico não permitir a substituição, os portugueses terão de pagar muito mais do seu bolso.
OBJECTIVOS DA NOVA RECEITA
QUANTIDADE
A substituição na farmácia e a nova forma de comparticipação são inicialmente aplicadas apenas a 961 remédios dos 7627 que existem, por serem os grupos onde existem genéricos. A medida pode diminuir os gastos com fármacos: hoje, segundo um estudo, cada português gasta, em média, 300 euros por ano em medicamentos.
RENOVÁVEL
A nova receita - para além de permitir que o médico assinale com uma cruz os medicamentos em que permite a substituição e em que não permite - vai também ter um espaço onde o profissional a pode validar por seis meses. Trata-se da receita renovável para os doentes crónicos que passam a ter uma prescrição para seis meses.
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