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Resina composta posterior


Filomena Salgado
- Graduada pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA) em 1984
  - Pós-Graduada em Dentística Restauradora pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas em 1995

Maria Elisa Amarante Botelho de Carvalho
- Cirurgiã-dentista
- Graduada pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA) em 1978.
  - Pós-Graduada em Dentística Restauradora pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas em 1995.
- Membro da Associação Brasileira de Odontologia Estética (SBOE).  


As autoras realizaram uma revisão de literatura sobre Resina Composta Posterior, mostrando a evolução do material, seus requisitos, indicações e propriedades. Também foi detalhada a técnica de restauração.

Monografia apresentada à Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas, como requisito para obtenção do título de Especialista em Dentística Restauradora.
Orientador: Prof. Pedro Rehder Filho.   

II.  INTRODUÇÃO       

A partir da descoberta da Resina Composta, há mais de 25 anos, por BOWEN (7)   nenhum outro material recebeu tanta atenção na odontologia.   

A melhoria das propriedades físico-mecânicas para tornar a Resina Composta um substituto para o amálgama, tem sido alvo constante de pesquisas.   

A crescente demanda estética no consultório odontológico, onde o desejo do branco dos dentes naturais ocupou o lugar do amarelo do ouro em dentes posteriores, coincide com o surgimento de uma gama variada de novos materiais e técnicas.    

Isso pode gerar confusão ao profissional no uso da Resina Composta Posterior, levando à resultados clínicos insatisfatórios.   

Um outro fator determinante da substituição de restaurações de amálgama é a preocupação, ainda que sem comprovação científica, quanto ao risco de intoxicação pelo mercúrio contido nesse material.   

O objetivo do presente trabalho é fazer uma revisão dos materiais disponíveis, orientar uma correta indicação e detalhar passos técnicos de uma restauração de Resina Composta Posterior.   

Os resultados obtidos serão melhores à medida que o profissional considerar o aprimoramento técnico exigido; fatores inerentes ao paciente, tais como oclusão, hábitos higiênicos, alimentares e parafuncionais; e restrições da restauração em particular.   

III.  REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1963 - BOWEN (7), desenvolveu o polímero reforçado com sílica (resina composta) e descreveu suas propriedades.   

1969 - WIBBLESMAN (38), propõe um novo sistema de resina restauradora desenvolvida para uso universal anterior e posterior.   

1972 - ASMUSSEN & JORGENSEN (2), investigaram a adaptação microscópica de alguns materiais plásticos às paredes cavitárias dentais.   

1977 - KUSY & LEINFELDER (21), relataram o modelo de     desgaste em restaurações compostas posteriores.   

1979 - DICKINSON (14), avaliou as propriedades físico-químicas e o desgaste da resina composta.   

1980 - LEINFELDER (22), avaliou, por um período de 5 anos, restaurações compostas anteriores e posteiores.

1982 - BAUSCH (5), em um estudo de tese, concluiu que a contração de polimerização da resina composta varia em 2 a 3% do volume.   

1985 - SANTOS et alii (32), avaliaram a importância do bisel no preparo cavitário, concluindo que este não desempenha papel de importância clínica.   

1986 - LEINFELDER & WILDER (23), analisaram as porções de desgaste de resinas compostas posteriores. 

LEINFELDER et alii (24), avaliaram a viabilidade do emprego de resinas compostas em dentes posteriores.   

1987 - SIMONSEN & STALLARO (34), analisaram, durante 1 ano restaurações preventivas utilizando resina composta com carga diluída.   

COX et alii (13), concluiram que fatores de toxidade química, tal como ácidos e componentes dos materiais restauradores por si só, são menos significantes na causa de injúria pulpar do que a infiltração bacteriana ao redor das margens da restauração.

BASTOS et alii (4), concluiram que as resinas de micropartículas se comportam melhor como restauradoras de dentes posteriores, em relação às resinas com partículas maiores que 1µm, porém não se comparam ao amálgama. Restaurações satisfatórias podem ser conseguidas, desde que indicadas com critério.       

1988 - BURGESS et alii (8), concluiram que apesar dos melhoramentos da resina composta posterior, esta não pode ser considerada como substituta do amálgama ou restaurações metálicas.  Aprendizagem, aplicação de novas técnicas, seleção de casos e necessidade estética, devem ser consideradas para o uso deste material.   

SANTOS  (31),cita as taxas de desgaste oclusal permitidas pela ADA no credenciamento provisório e definitivo e as implicações deste desgaste na saúde oral.    

MONTEIRO JR. (29), indica a pré cunhagem  como meio de maximizar a separação dos dentes, proporcionando um melhor contato proximal. Matrizes de aço delgadas,  seccionadas, são as mais indicadas para restabelecer um contorno adequado.   

GALANTE (19), compara as propriedades da resina composta em relação ao amálgama. Indica a resina composta somente em casos selecionados onde a estética é primordial.

CONSANI (12), cita o fator estético, habilidade para aderir ao esmalte acondicionado pelo ácido, eficiente selamento marginal e possível uso em cavidades conservativas, como vantagens que coloca o desenvolvimento da resina composta para dentes posteriores numa posição promissora. Porém algumas características ainda restringem o seu uso. Recomenda a observação e marcação dos pontos oclusais, antes do preparo cavitário, para que estes não sejam envolvidos durante a restauração.   

VIEIRA, ANDO E PRADO (37), descrevem uma técnica alternativa para restauração conservadora do tipo classe I, associando resina composta com selante de fóssulas e fissuras.

LEINFELDER (25), compara as propriedades da resina composta às do amálgama. Conclui que apesar do grande desenvolvimento em materiais e técnicas, a resina composta não pode ser considerada como substituta do amálgama. Cntudo, oferece ao clínico uma oportunidade de tratar os pacientes de uma forma jamais vista, devido à sua grande grande habilidade em combinar cores.   

SANTOS et alii (33), propõem um preparo cavitário modificado, com bisel curto no esmalte para obtenção de melhores reseultados em restaurações cl. I e II.   

1989 -  FERRACANE et alii (17), concluem que a falta de correlação entre os resultados obtidos en vivo e in vitro, impede a formulação de um padrão seguro de resina composta. Novas informações são necessárias para que uma especificação razoável possa ser escrita com base em evidências experimentais sólidas.   

MANDARINO et alii (27), desenvolveram uma nova técnica para restauração dos dentes posteriores com resina composta, que utiliza uma matriz direta de cimento cirúrgico fotopolimerizável, a fim de facilitar a conformação anatômica original do dente.   

1990 -DICKINSON et alii (15), propõem o uso de um selante superficial de alta penetração, como forma de reduzir o desgste da resina composta posterior.   

1991 -   CHRISTENSEN (9), concluiu que ainda não existe uma resina composta universal para uso em anteriores e posteriores. Sugere a associação de uma resina composta híbrida com outra de micropartículas para obtenção de melhores resultados. 

JORDAN & SUZUKI (20), concluem que resinas compostas se comportam bem em restaurações de cl. I e II de molares e pré-molares, desde que sejam conservativas no sentido V-L. Amálgama ou RMF a ouro oferecem melhores soluções para problemas restauradoes difíceis.   

ANDRADA & BARATIERI (1), relatam requisitos para a substituição de um amálgama por resina composta e concluem que a indicação deste material ainda é limitada a casos em que a estética é primordial e onde os contatos oclusais possam ser mantidos em esmalte.   

1992 -  COHEN & JOÃO (11), concluem que o embricamento mecânico entre resina composta e esmalte condicionado, através dos “tags, oclui hermeticamente a cavidade. Portanto, este embricamento não é suficiente para impedir o rompimento das margens de esmalte pela contração de polimerização dos material restaurador.   

CHRISTENSEN (10), considera a resina composta posterior aceitável em restaurações de cl. II, desde que as situações clínicas sejam controladas.   

MAZER & LEINFELDER (28),  num estudo clínico sobre o Heliomolar (Vivadent), concluem que a diminuição apresentada do desgaste, se deve à melhoria de adesão entre as partículas de enchimento pré-polimerizadas e a matriz de resina. Por isso, essas resinas de microenchimento são adequadas para restauração de cl. I e II conservativas. O menor desgaste atribuído ao Heliomolar se deve também ao tamanho das partículas (< 1 mm). A liberação de flúor, ainda que insignificante estatísticamente, pode ser favorável clínicamente. A degradação marginal apresentada se auto limitou com o passar do tempo.   

TERUYA et alii (36), propõem uma nova técnica para restaurar dentes posteriiores com resina composta, onde são acrescentados incrementos pré polimerizados da própria resina, com finalidade de proporcionar condensação do material restaurador.

FERRACANE (18), conclui que, apesar dos melhoramentos das resinas compostas posteriores, não existem dados que apoiem o uso deste material como substituto do amálgama. Soluções como restaurações tipo inlay-onlay trazem melhorias nos resultados, mas não se sabe se são significativas clinicamente. Para o uso adequado da resina composta posterior, deve-se considerar a habilidade do profissional, fatores do paciente e da restauração em particular.   

1993 -  DICKINSON, GERBO & LEINFELDER (16), concluem que a formulação do Herculite XRV Incisal, apresenta a metade do desgaste da formulação convencional, ao final de 3 anos.   

RADA (30), propõe o uso de megapartículas de vidro cerâmico quartzo-beta no interior da resina composta, como forma de diminuir o desgaste e proporcionar melhores contorno e contato na área proximal.   

SUZUKI & LEINFELDER (35), mostram que resinas compostas com partículas > 1mm podem promover desgaste do esmalte da cúspide antagônica, desde que stress suficiente esteja envolvido.   

WILLEMS et alii (39), estabelecem como padrões fisiológicos o esmalte e a dentina para novas formulações de resinas compostas posteriores. Resinas compostas de carga compacta ultrafina (média de desgaste de 110-149 mm após 3 anos), serão o material de escolha no século XXI por se enquadrarem melhor nesses padrões. Consideram a resina composta com um futuro promissor.   

1994 - LEINFELDER (26), expõe através de tabela e gráficos, a evolução da resina composta, suas indicações e propriedades. Detalha ainda, passos  técnicos de restauração de resinas compostas posteriores..   

BAYNE, HEYMANN & SWIFT (6), concluem que resinas compostas evoluem continuamente produzindo excelentes restaurações anteriores e podendo ser usadas em situações selecionadas em superfícies oclusais. Novos compósitos, como as nanopartículas por exemplo, mostram-se promissores em aplicações mais amplas, podendo com isso decrescer o uso do amálgama.   

IV.  DISCUSSÃO   

1.  Evolução do  material   

As resinas acrílicas para restaurações diretas, comuns da década de 50, se transformaram, no início da década de 70, em resina composta. A evolução se deu pela introdução de macropartículas de quartzo (10-100µm) na matriz resinosa, melhorando as propriedades físico-mecânicas.   

WIBBLESMAN (38), em l969, considerou o Sistema Adaptic satisfatório para as restaurações anteriores e posteriores em qualquer tipo de cavidade. Segundo LEINFELDER (22), embora esse material fosse passível de mudanças de cor, quanto aos testes de sorpção era satisfatório.   

Estudos por períodos mais prolongados apontaram o desgaste superficial acentuado como principal contra indicação do uso desses materiais em dentes posteriores.(24)   

O primeiro melhoramento em Resina Composta Posterior foi a modificação do Concise (3M CO) para dentes anteriores, cujas partículas de carga passaram do tamanho de 30µm e concentração de 76% para 3µm e 83%, respectivamente. Foi então introduzido o P-10, uma resina composta autopolimerizável para uso em dente posterior, cuja resistência ao desgaste foi aumentada, passando de aproximadamente 100mm /ano para menos que 50 mm/ano. (23,25).   

Seguiram-se outros melhoramentos  que incluem: pré-misturas, altas porcentagens de carga, polimerização física por Ultra Violeta e posteriormente por luz halógena(26).   

Na década de 80 (26) existiam 3 tipos de tamanho de partícula: partícula fina (1,0-5,0µm), micro-partícula (0,02-0,07µm) e a partícula híbrida (0,04-5,0µm). Essa variação de tamanho das partículas proporciona diferentes índices nas propriedades, como pode ser visto na tabela 1 e figs. 1, 2, 3 e 4.   

Tab. 1 -  Propriedades dos Compósitos   

The Dental Advisor   

Fig. 1   

   Nenhuma             Baixa                 Média

Fig. 2  
   

Nenhuma               Baixa               Média   

Fig. 3   

Nenhuma       Baixa         Média       Alta   

Fig. 4   

                                       

Nenhuma       Baixa         Média       Alta   

Sistemas atuais são sastifatórios para casos selecionados de classe I e II, e utilizam partículas menores que 1 µm, numa concentração em peso de 75-86%. Desses materiais os mais populares são Herculite XR, Prisma APH e P-5O (híbridas) e o Heliomolar (micropartícula). (20)   

A resistência ao desgaste é aumentada, introduzindo-se partículas de microenchimento pré polimerizadas com adesão melhorada à matriz de resina. (20,28)   

As resinas de megapartículas incorporam vidro para proteger do desgaste.(6,30). À partir desses melhoramentos, o desgaste oclusal médio da Resina Composta Posterior teve uma redução acentuada, como mostra a fig. 5.(26)   

Pesquisas atuais envolvem o uso de partículas pequenas com melhores propriedades de enchimento, partículas radiopacificadoras mais eficientes, monômeros que expandem na fotopolimerização e eficiência de polimerização em qualquer volume.(6)   

As nanopartículas, em pesquisa, são partículas virtualmente invisíveis, cujo tamanho (0,005-0,01µm) está abaixo do comprimento de onda de luz visível. O ajuste perfeito entre essas partículas permite uma concentração em peso de 90-95%, melhorando grandemente as propriedades físicas e diminuindo a contração de presa. (6)   

As resinas compostas do século XXI terão padrões fisiológicos de comparação ao esmalte e a dentina. Provavelmente as resinas de escolha serão de partículas compactas ultrafinas para todas as finalidades. (6,39)                                                                                                                                                                        

Fig. 5   

                   

   2.  Requisitos da Resina Composta Posterior   

Como dito anteriormente, esmalte e dentina serão usados como padrões fisiológicos para pesquisa de novos materiais. (1, 6, 39)   

- Rugosidade intrínseca: deve ser menor ou igual à do esmalte em área de contato oclusal (R.a=0,64µm).   

- Dureza das partículas: não deve ser maior do que a dos cristais de hidroxiapatita (3.39 GPa), previnindo assim o desgaste de cúspides antagônicas. Segundo SUZUKI e LEINFELDER (35), partículas > 1mm podem desgastar cúspides antagônicas, desde que stress suficiente esteja envolvido.   

- Módulo de elasticidade: deve ser maior ou igual ao da dentina (18599 µPa).   

- Resistência à compressão comparada à do esmalte (384 µPa) e da dentina (297 µPa).   

- Resistência mecânica semelhante à resistência à fratura do dente natural (Molar=305 µPa e PM=248 µPa).   

- Resistência ao desgaste in vivo comparada à do esmalte (39µm/ano) em molar.   

- Radiopacidade deve ser ligeiramente maior que do esmalte (198% Al).   

Além desses padrões, outros requisitos são necessários: (1,39)   

-Selamento marginal impermeável e duradouro.   

-Permitir acabamento sem destruição do esmalte.   

-Estética agradável em termos de cor e translucidez.   

-Deve ser viável economicamente e de fácil manipulação.   

Resinas compostas compactas ultrafinas que desgastam em área de contato oclusal, em média 110.149µm/ 3anos, provavelmente sejam os materiais que melhor se enquadrem nesses padrões.(39)   

A  A.D.A. aprova a Resina Composta Posterior segundo critérios de desgaste oclusal:(6)   

- Para uso irrestrito em posterior: Se a porção de desgaste não ultrapassar 25µm/ano. Atualmente nenhuma resina foi aprovada nessa categoria.

- Para uso restrito (restaurações conservativas).   

Aprovação provisória: O desgaste não deve ultrapassar 125µm após 2 anos e 175µm após 4 anos. Várias resinas já receberam essa aprovação (Estilux Post, Kulzer; Bisfil P, Bisco; Heliomolar, Vivadent; Herculite XR, Kerr).                 

Aprovação definitiva: máximo de 250µm após 5 anos em permanentes e 4 anos em decíduos.(31)   

3.  Indicações   

Algumas considerações clínicas devem ser feitas quando da indicação da Resina Composta Posterior. (1, 8, 19)   

-A restauração não deve envolver as cúspides.   

-Não existir contato oclusal direto sobre a restauração.   

-Não existir sinais de desgaste excessivo causado por hábitos parafuncionais.   

-A largura V-L da restauração não deve ultrapassar 1/3 da distância intercuspídea.   

-A parede gengival do preparo deve estar situada em esmalte sadio.   

-O dente permite isolamento absoluto.   

-A estética é primordial.   

Segundo SIMONSEN (34), uma das maiores indicações da Resina Composta Posterior é como restauração preventiva. Esta técnica foi detalhada por VIEIRA et alii (37), onde a Resina Composta Posterior é associada ao selante de fóssulas e fissuras.   

Alguns autores concordam que as resinas compostas de micropartículas se comportam melhor em restaurações posteriores. Quando inidicadas com critério (classe I e II conservativas) podem produzir restaurações satisfatórias com um tempo de vida útil prolongado.   

A maioria dos autores (1, 18, 33) afirma que a Resina Composta Posterior, apesar dos grandes melhoramentos, não pode ser indicada como substituto do amálgama. Os mesmos autores são unânimes em indicar a resina composta para restaurações conservativas, principalmente quando a estética é exigida. Nestes casos a resina composta oferece uma forma de tratamento ímpar, devido à sua grande habilidade de combinar cores. (8,33)  

Alternativas são propostas para resolver casos de restaurações mais amplas, como por exemplo, resina composta inlay/onlay. Mas não se sabe até que ponto essas alternativas apresentam melhorias com significado clínico. (1,18)   

Após mais de 22 anos de estudos clínicos controlados, as Resinas Compostas Posteriores são consideradas aceitáveis quando a técnica de restaurações é seguida e em situações oclusais selecionadas. (6,10)   

Com os melhoramentos já alcançados e os que estão sendo pesquisados, a Resina Composta Posterior é considerada com um futuro promissor.(8)   

4.  Propriedades   

4.1- Desgaste   

O desgaste que ocorre in vivo não corresponde aos resultados obtidos em laboratório(17). A perda da forma anatômica é uma somatória do ataque químico do meio bucal e desgaste mecânico(12), tendo implicações na saúde oral, tais como: perda de contato interoclusal, migração do antogonista, alteração do plano oclusal e ciclo mastigatório.(31)   

A fricção entre os dentes pode causar desgaste interproximal levando à alteração da dimensão M-D dos arcos.(12, 4)   

Vários fatores são apontados como causas do desgaste da resina composta. Em 1977, KUSY e LEINFELDER (21), associaram o desgaste oclusal à fadiga termomecânica causando fendas no material.   

Numa avaliação feita durante 5 anos com uma resina composta posterior de micropreenchimento, MAZER e LEINFELDER (28), concluiram que partículas de enchimento com tamanho maior que 1µm se sobressaem na superfície funcionando como obstáculos ao deslize do bolo alimentar. Isto gera tensão que é transmitida ao interior da matriz orgânica causando rachaduras e perda de material, que resultam num desgaste decrescente.   Em resinas compostas de micropreenchimento (carga < 1µm), como o Heliomolar por exemplo, o bolo alimentar desliza livre sobre a superfície, diminuindo a taxa desgaste, que nesse caso, é de forma linear.(6, 9, 26 28). Esse processo está esquematizado nas figuras 6 e 7.   


Fig. 6.  Desgaste em resina composta com partículas  > 1µm


Fig. 7.  Desgaste em resina composta com partículas < 1µm

Esquema mostrando o deslize do bolo alimentar numa superfície restaurada com resina de  partículas maiores que 1mm e em outra, restaurada, com resina de  partículas menores que 1mm.   

No mesmo estudo foi concluído que a diminuição do desgaste também se deve a difusão do monômero não polimerizado da matriz na superfície das partículas prépolimerizadas, formando embricamento mecânico quando da polimerização.   

Compósitos de megapartículas incorporam vidro cerâmico de quartzo beta para proteger do desgaste.(6,30)   

Além desses fatores inerentes ao material restaurador (tipo, tamanho e concentração de carga), outros são determinantes de desgaste oclusal. (26)   

- Localização e tamanho da cavidade: Quanto maior e mais distal, maior o desgaste. 1ºM > 2ºM > 2ºPM > 1ºPM. (Fig. 8)(4, 19, 26)   

1º PMI  - 1 x   

2º PMS - 3x   

2º Pms   -  4x   

Mss       - 5x   

Mis        - 6x   

- Técnica de acabamento: A alta taxa de desgaste nos 6 primeiros meses (a metade do total em 3 anos) está relacionada com a técnica de acabamento(12). Resinas polidas se desgastam mais que as não polidas e pontas diamantadas causam mais  desgaste que as carbides. O desgaste seria devido à formação de microrachaduras na superfície e degradação da matriz pelo calor gerado.   

- Localização e magnitude da força oclusal.                        

- Grau de polimerização.   

Fig. 8

Nas resinas atuais, a proporção de desgaste tende a diminuir, se tornando insignificante após 3-5 anos(6). O desgaste de várias resinas se aproxima do amálgama (5-10µm/ano) e esmalte (2-5µm/ano)(6, 18, 26). Em cavidades maiores esse valor aumenta de 3-5 vezes.(18)   

Segundo DICKINSSON et alii (16), a formulação do Herculite XRV Incisal apresenta aproximadamente a metade do desgaste da formulação convencional no final de 3 anos, sendo portanto vantajosa em áreas de alta tensão oclusal.   

O uso de selante penetrante (Fortify,Bisco) tem sido sugerido após acabamento, polimento e novo condicionamento da superfície (15,26). A penetração do Fortify nas microfendas superficiais pode reduzir em até 50% o desgaste oclusal (14,15). A aplicação anual do selante pode aumentar a longevidade da restauração.(14)   

4.2- Biocompatibilidade   

A resina Composta é bem aceita pelo tecido pulpar, desde que infiltração bacteriana seja impedida. (13,15,18)   

O selamento das margens após a restauração com uma resina fluida de alta penetração pode ajudar a diminuir a infiltração bacteriana. (18)   

Adesivos dentinários da nova geração permitem vedamento hermético da restauração sem sensibilidade pós operatória. (20)   

4.3- Integridade Marginal   

Depende da contração de polimerização, expansão térmica, sorpção de água, adesão à estrutura dental, carga mecânica e degradação marginal. (21)   

A contração de presa, que varia, segundo BAUSCH et alii (5), de 2-3% em volume, pode ser diminuída com melhorias do material restaurador, material adesivo, técnica de inserção incremental e restaurações indiretas.   

Materiais com polímeros livres de contração e com polimerização lenta, são estudados como solução desse problema (6,18). O embricamento mecânico entre os "tags" de resina e o esmalte condicionado promove selamento hermético da restauração (1). MUNKSGAARD e ASMUSSEN (3), sugerem que a força de adesão dentinária deve ser maior que 20µPa para garantir integridade marginal em paredes sem esmalte. Ainda não se sabe sobre a manutenção da adesão conseguida. (18)   

Resina composta de nanopartículas são materiais pesquisados atualmente, cuja concentração de carga chega a 90-95% em peso, diminuindo grandemente a contração e melhorando a integridade marginal. (6)   

Num acompanhamento clínico do Heliomolar, as restaurações apresentaram fendas marginais nos 12 primeiros meses. Durante os cinco anos de observação, a quantidade de degradação se autolimitou. (28)   

A adição de partículas de óxidos metálicos de trifluoreto de itérbio, com o objetivo de promover radiopacidade, gera uma característica especial ao Heliomolar, que é a liberação de flúor.  Quando comparado  à outras resinas que não liberam flúor, o Heliomolar promove uma menor incidência de cáries secundárias.  Embora essa diferença não seja estatísticamente importante, ela pode ser clínicamente significativa.(28)   

5. Técnica de restauração   

Estudos desde 1968 comprovam que tanto as técnicas, quanto os materiais resinosos são aceitáveis para muitas situações de classe II, principalmente devido à boa estética e economia de tecido dental.   

Segundo LEINFELDER (22) características peculiares da resina composta em relação ao amálgama, exigem técnica diferenciada para confecção de uma boa restauração, principalmente classe II. Por esse motivo, demandam de 1 vez e meia à 2 vezes mais de tempo.   

5.1 - Profilaxia.   

5.2 - Seleção da cor.   

5.3 - Marcação dos pontos oclusais. (12)   

5.4 - Isolamento absoluto : essencial (10, 27)   

5.5- Pré cunhagem com cunha lubrificada: promove espaçamento para a fita matriz permitindo adequado contato proximal, além disso orienta no preparo da parede gengival (20,36). Em restaurações MOD, duas cunhas são colocadas durante o preparo. No momento da restauração só permanece a cunha e respectiva matriz da caixa que está sendo preenchida.(29)   

5.6- Preparo: deve ser o mais conservativo possível, limitando-se à remoção de cárie. Restaurações menores têm maior longevidade, devido ao menor desgaste (26). Os ângulos internos são arredondados (10,20,26). Preparos clássicos de classe I e II são contra indicados. (33)   

A confecção ou não de bisel é um ponto discutido. Alguns autores recomendam ausência de bisel oclusal (10,20) e confecção de bisel nas paredes com acesso das caixas proximais (6). O condicionamento das paredes em término de 90º (sem bisel) permite abertura dos prismas com maior adesão. além de fornecer maior corpo de resina na margem (26). SANTOS et alii (32) em 1985, concluíram que o bisel não influi significativamente no comportamento clínico da resina; no entanto, num estudo de 1988, concluíram que um bisel curto em esmalte nos leva a melhores resultados (33).   

5.7- Forramento: o uso de liner ou base deve ser o mais limitado possível, porque a resina é mais resistente e igualmente isolante (6). Além disso, os adesivos dentinários da nova geração permitem um selamento hermético da restauração. (20)   

5.8- Colocação de matriz: Matriz de aço delgada, flexível, pré-contornada e brunida de encontro à superfície proximal vizinha, perfaz melhor área de contato, que é o ponto mais crítico na classe II (10,20). Bandas transparentes proporcionam contato aberto e juntamente com cunhas refletivas não acrescentam polimerização. (20)   

Em cavidades classe I, a anatomia oclusal pode ser reproduzida com auxílio de uma matriz de cimento cirúrgico fotopolimerizável (Barricaide), moldada antes do preparo cavitário. (27)   

5.9- Seleção da resina: as mais usadas são o P-50 (3M), Prisma APH (Caulk), Herculite XR (Kerr) e Heliomolar (Vivadent). (9,10)   

5.10-  Inserção: o material não permite condensação efetiva, mas apenas acomodação. A técnica de inserção incremental diminui ligeiramente a contração de polimerização (20,26), mas pode produzir porosidade e falha na adaptação (10). Cada camada deve ser polimerizada por 20 segundos (26). O preenchimento deve ser o mais próximo possível da anatomia final para evitar acabamento grosseiro (20). Após a inserção é feita uma polimerização complementar por 1 minuto. (10,26,27)   

5.11 - Ajuste oclusal.   

5.12- Acabamento: segundo ASMUSSEN e JORGENSEN (2), o acabamento deve ser protelado para a sessão seguinte, permitindo absorção de líquido pelo material, que aumenta de volume e alivia as tensões na interface dente/restauração. Sem este alívio, o procedimento de acabamento poderia romper porções de esmalte.    

O acabamento e o polimento são feitos com brocas multilaminadas, tiras e discos de lixa Soflex, pasta profilática de granulação decrescente (Nupro J.J.) e pontas de borracha abrasiva.(10,20,26)           

5.13-Polimerização final, após polimento, por 40 segundos na face oclusal. (10,20,26)   

5.14-Condicionamento ácido e aplicação do Fortify. (20)   

- Reparo de resinas: restauração nova pode ser aderida à velha com resistência aproximada de 85% do sistema original. (6).   

V.  CONCLUSÕES   

Com base na revisão de 39 artigos sobre Resina Composta Posterior, concluimos que:                   

A Resina Composta Posterior apresenta vantagens, como por exemplo, estética e economia de tecido dental, em relação ao amálgama.   

O desgaste oclusal apresentado pelas resinas atuais, que em geral possuem partículas de carga < 1 mm em alta concentração se aproxima do desgaste do amálgama e do esmalte.   

Aprimoramento técnico e seleção de casos são exigidos, para que o resultado seja satisfatório.   

Por ausência de comprovação clínica por perído mais prolongados, a Resina Composta Posterior ainda continua sendo indicada em preparos conservativos de cl. I e II. O seu uso como substituta do amálgama não é recomendado.   

Com os melhoramentos apresentados e os que ainda estão sendo pesquisados, a Resina Composta Posterior se apresenta com um futuro promissor.   

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS   

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